O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) terá que pagar quase R$ 6 milhões a juíza Juanita Clait Duarte como pagamento diferenças remuneratórias acumuladas durante o período em que a magistrada ficou afastada de suas funções. Juanita foi aposentada compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2010 no caso conhecido como “Escândalo da Maçonaria”.
A decisão, do juiz Flávio Miraglia Fernandes da 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, foi publicada no Diário Eletrônico da Justiça na quarta-feira (15).
Juanita Clait Duarte foi reintegrada aos quadros da magistratura do TJMT em novembro de 2022. O valor total compensatório, pelo período em que ficou afastada, é de R$ 6.057.643,72, dos quais ela já recebeu R$ 274.974,63. O juiz Flávio Miraglia Fernandes determinou que ela receba a diferença, cujo valor chega a R$ 5.782.669,09.
Na decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, que determinou a reintegração magistrada ao cargo e o pagamento de diferenças remuneratórias acumuladas durante o período de afastamento, ficou definido que os valores devidos não seriam pagos pelo Conselho Nacional de Justiça, mas pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso.
“Deve-se dar seguimento ao cumprimento de sentença, com a expedição de precatório em favor do exequente. Dessa forma, considerando a concordância das partes quanto ao saldo devido, homologo o valor de R$ 5.782.669,09, com os abatimentos já realizados, e determino a expedição de precatório pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso”, diz a sentença que determinou o pagamento.