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    Com contrato assinado antes das eleições, nova ponte entre Brasiléia e Epitaciolândia não sai do papel

    Por Saimo Martins, Ac24horas

    O contrato para a construção da nova ponte que ligará Epitaciolândia a Brasileia foi assinado em junho de 2024, em uma cerimônia que contou com a presença de autoridades e representantes da empresa vencedora da licitação. No entanto, oito meses após o evento, as obras ainda não foram iniciadas. De acordo com o prefeito Sérgio Lopes (PL), em entrevista ao ac24horas, a previsão é que os trabalhos comecem no início do verão deste ano.

    A nova estrutura será executada pela empresa ECO Multi Serviços de Manutenção Ltda, mas, no local, o mato toma de conta do espaço. O projeto tem como objetivo desafogar o intenso tráfego da atual ponte José Augusto, construída na década de 1980, durante o governo de Nabor Júnior. Lopes explicou os motivos do atraso no início da obra. Segundo ele, após a assinatura do contrato, a empresa vencedora desenvolveu o projeto executivo, incluindo todos os detalhes técnicos da ponte. Posteriormente, esses projetos foram submetidos à Caixa Econômica Federal, que é responsável pelo repasse dos recursos. Apenas após a aprovação da Caixa, as obras poderão começar.

    “Na verdade, a obra da ponte não começou. A contratação da empresa que ganhou a licitação é uma contratação integrada. A legislação mais recente permite esse tipo de contratação. A empresa que vence a licitação desenvolve o projeto executivo e todos os projetos da ponte. Esses projetos são submetidos à Caixa Econômica, que é a detentora do convênio, para depois ter início a obra. Quando licitamos essa obra, a empresa passou a fazer esses projetos”, explicou.

    O delegado e gestor reeleito da cidade afirmou ainda que os projetos foram entregues na última semana e estão sob análise dos engenheiros da AMAC (Associação dos Municípios do Acre). Ele explicou que, caso sejam aprovados pela associação, os projetos serão encaminhados para a Caixa Econômica Federal, que realizará uma análise detalhada. Se todos os trâmites estiverem em conformidade, a obra poderá, enfim, ser iniciada. “A contratação da empresa está nesse patamar. A AMAC está analisando os projetos. Se passar pelo crivo da AMAC, vamos mandar para a Caixa Econômica, cujos engenheiros vão avaliar o projeto e, se tudo estiver ok, a obra será iniciada. Avançamos bastante porque fizemos a licitação no ano passado. Ali, onde foi cercado, era cheio de residências, inclusive comércio”, declarou.