Em 2024, o contrabando, as falsificações e a pirataria produziram um prejuízo de meio trilhão de reais para a economia brasileira.
É pelas estradas que quase todo produto falsificado ou contrabandeado é distribuído pelo Brasil. Em 2024, o item apreendido em maior quantidade foi cigarro. Só a Polícia Rodoviária Federal recolheu 58 milhões de maços e mais de 600 mil cigarros eletrônicos – que são proibidos pela Anvisa.
O setor da economia mais atingido é o de roupas. O prejuízo foi de R$ 87 bilhões. Em seguida vêm os setores de bebidas alcoólicas, combustíveis, material esportivo, perfumaria e cosméticos, defensivos agrícolas, ouro e TV por assinatura, por exemplo. O setor audiovisual teve um prejuízo de R$ 4 bilhões. É a pirataria digital de softwares, cursos online, vídeos, músicas e filmes, vendidos sem autorização dos donos.
O Fórum Nacional Contra a Pirataria estima que o prejuízo total para a economia brasileira em 2024 foi de R$ 468 bilhões, entre o que fábricas e lojas deixaram de vender e os impostos que não foram recolhidos – mais do que quatro vezes o valor de 2014, quando o levantamento começou.
Segundo o Fórum Nacional Combate à Pirataria, esse crime precisa ser combatido em duas frentes: na demanda, com campanhas para desestimular a compra desses produtos pela população, e na oferta, com a inteligência policial para combater as quadrilhas, que estão se sofisticando.