O deputado federal Glauber Braga (PSol-RJ) está marcado para “morrer” pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Morrer, no caso, significa ter seu mandato cassado.
Em abril de 2024, um militante do Movimento Brasil Livre, de direita, xingou Glauber dentro da Câmara e disse que sua mãe era corrupta. Os dois se empurraram. Glauber deu-lhe um pontapé.
O Partido Novo, também de direita, representou contra Glauber no Conselho de Ética da Câmara. E ali foi aberto um processo contra ele. Daria em nada, não fosse Glauber um desafeto de Lira.
Glauber virou desafeto de Lira por fazer denúncias sobre o chamado ‘orçamento secreto’. Chegou a chamar o então presidente da Câmara de “bandido”. Os dois bateram boca e Lira o ameaçou:
“Por favor, quando Vossa Excelência usar o plenário, use sempre com respeito. Vergonha eu tenho de dizer que Vossa Excelência faz parte desse colegiado. E se puder não ter a sua companhia na próxima legislatura, eu ficarei mais feliz”.
Lira está por trás da iniciativa do Partido Novo de representar contra Glauber. Foi Lira quem escolheu o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) para relatar o processo contra Glauber.