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    A empresários, Barroso anuncia medida para diminuir ações trabalhistas

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    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o excesso de reclamações trabalhistas pode desestimular a criação de novos postos de emprego. A empresários, ele anunciou uma medida do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que pode reduzir as reclamações.

    A resolução permite que a Justiça do Trabalho homologue rescisões trabalhistas, desde que tenham sido assistidas por advogados do empregador e do empregado. Depois disso, reclamações trabalhistas ficam proibidas.

    Se no ato da rescisão, empregador e empregado estiverem de acordo e assistidos por advogado. A rescisão pode ser levada a Justiça do Trabalho que homologa e fica proibido ajuizar reclamação trabalhista.

    “Com isso, a gente acaba com a indústria da reclamação trabalhista”, afirmou o presidente do STF, Luis Roberto Barroso, no Fórum Esfera, neste sábado (7/6), em Guarujá, no litoral de São Paulo.

    Segundo o ministro, advogados procuram trabalhadores após a rescisão com a promessa de dar mais dinheiro aos funcionários. Mais da metade das reclamações trabalhistas, diz Barroso, estão associadas a verbas rescisórias.

    Na avaliação de Barroso, o aumento das reclamações sinaliza um bom momento econômico, mas pode trazer problemas para a geração de novos empregos.

    “O aumento das reclamações trabalhistas se deve, em boa parte, ao aquecimento da economia e a baixa taxa de desemprego, que produz mais turnover [taxa de rotatividade de colaboradores de uma empresa] no mercado, mais gente mudando de emprego, gera mais reclamações trabalhistas. Portanto, não é um fator necessariamente negativo”, disse o ministro.

    “Mas o excesso de reclamações trabalhistas traz problemas. Ele dificulta o investimento, traz insegurança e o empregador acaba se distanciando da formalização do emprego, porque aquilo pode trazer chateação”, acrescentou.

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    A resolução anunciada por Barroso é de outubro do ano passado, mas em um primeiro momento, foi definido um valor mínimo alto, com temor de que houvesse muita demanda ao Judiciário. A novidade deste ano é que a regra vale para qualquer caso.

    5 imagens“A boa política começa no orçamento e não na propaganda”, disse Motta. Antes da manifestação do presidente da Câmara, João Camargo, presidente do conselho do Grupo Esfera, organizador do evento, disse que "Hugo Motta fará um discurso histórico".Ministro do STF, Luís Roberto Barroso, no Fórum Esfera neste sábado (7/6)Secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, no no Fórum Esfera neste sábado (7/6)Fechar modal.1 de 5

    O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou o aumento de impostos

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    “A boa política começa no orçamento e não na propaganda”, disse Motta.

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    Antes da manifestação do presidente da Câmara, João Camargo, presidente do conselho do Grupo Esfera, organizador do evento, disse que “Hugo Motta fará um discurso histórico”.

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    Ministro do STF, Luís Roberto Barroso, no Fórum Esfera neste sábado (7/6)

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    Secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, no no Fórum Esfera neste sábado (7/6)

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