Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid já definiu a estratégia que adotará na acareação com o general Braga Netto, na terça-feira (24/6), no STF, no âmbito do inquérito do golpe.
Nos bastidores, Cid admite a interlocutores que a acareação será um momento constrangedor para ele, uma vez que terá de confrontar um militar que, embora na reserva, ostenta uma patente acima da sua no Exército.
O tenente-coronel Mauro Cid
Hugo Barreto/Metrópoles2 de 5
Mauro Cid e Braga Netto
Arte sobre fotos Hugo Barreto e Breno Esaki/Metrópoles3 de 5
Mauro Cid
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo4 de 5
Tenente-coronel Mauro Cid
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto5 de 5
Mauro Cid e o advogado César Bittencourt durante julgamento no STF
Fellipe Sampaio/STF
Apesar do incômodo, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro prometeu a aliados manter todas os pontos que afirmou em sua delação premiada, mesmo que Braga Netto negue as versões durante o tête-à-tête.
Na acareação, a defesa de Braga Netto focará em dois pontos principais. O primeiro será na reunião na casa do general, em novembro de 2022, para discutir um suposto plano para matar Lula e Alexandre de Moraes.
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Defesa de Braga Netto pede acareação com coronel Mauro Cid
Na delação, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro disse que teria ido embora mais cedo da reunião a pedido de Braga Netto. O general, contudo, sustenta que Cid permaneceu até o final do encontro.
O segundo foco da defesa de Braga Netto será confrontar Cid sobre a afirmação de que o general da reserva teria entregue dinheiro dentro de uma caixa de vinho para financiar o suposto plano, algo que o general nega.
Mauro Cid vai fardado?
De acordo com interlocutores, Cid pretende manter a estratégia de não ir fardado para a acareação. A intenção é ir vestido como civil, assim comofez nos depoimentos e interrogatórios recentes.