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    A verdadeira história de Dona Vitória, que enfrentou o tráfico no Rio

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    Estrelado por Fernanda Montenegro, o filme Vitória acaba de chegar ao streaming e resgata uma história que, por anos, permaneceu protegida pelo anonimato.

    A personagem-título é inspirada em Joana Zeferino da Paz, mais conhecida como Dona Vitória — uma idosa que se tornou símbolo de coragem ao enfrentar o tráfico de drogas em plena Zona Sul do Rio de Janeiro.

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    A mulher que filmava o crime da própria janela

    No início dos anos 2000, moradores da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, conviviam diariamente com o medo. Foi quando Dona Vitória, então com mais de 70 anos, decidiu registrar o que via da janela de casa. Com uma filmadora simples, passou a documentar o movimento de traficantes e policiais corruptos na região.

    5 imagensAlan Rocha dá vida à Fábio, um jornalista que se interessa pela história de Dona NinaFernanda Montenegro vive Dona Nina, no filme VitóriaFernanda Montenegro ao lado de Andrucha Waddington, diretor de Vitória e marido de Fernanda TorresEnquanto Thawan Lucas é um menino da favela que ajuda a protagonistaFechar modal.1 de 5

    A verdadeira Joana da Paz

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    Alan Rocha dá vida à Fábio, um jornalista que se interessa pela história de Dona Nina

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    Fernanda Montenegro vive Dona Nina, no filme Vitória

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    Fernanda Montenegro ao lado de Andrucha Waddington, diretor de Vitória e marido de Fernanda Torres

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    Enquanto Thawan Lucas é um menino da favela que ajuda a protagonista

    Suzanna Tierie

    Durante dois anos, gravou em segredo e entregou 22 fitas ao jornalista Fábio Gusmão, do jornal Extra, que ajudou a encaminhar as denúncias às autoridades. As imagens serviram como prova em uma investigação que levou à prisão de mais de 30 pessoas.

    O nome oculto e o impacto internacional

    Para protegê-la, o jornal a identificou apenas como “Dona Vitória”. No dia em que a reportagem foi publicada, em 2005, ela se mudou às pressas. Viveu escondida desde então, longe das câmeras e da própria fama, por medo de retaliações. Só em 2023, com sua morte aos 97 anos, sua identidade foi revelada.

    O caso teve repercussão internacional e, mesmo fora dos holofotes, ela continuou sendo uma figura emblemática para quem acreditava na força de cidadãos comuns diante do crime.