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A verdadeira história por trás do fim da banda Secos & Molhados

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A verdadeira história por trás do fim da banda Secos & Molhados

O fenômeno Ney Matogrosso voltou às telas com força total. O sucesso da cinebiografia Homem com H reacendeu a curiosidade do público sobre os bastidores da vida do artista, especialmente um dos episódios mais emblemáticos de sua trajetória: o fim abrupto dos Secos & Molhados, banda que transformou a música brasileira nos anos 1970.

Dirigido por Esmir Filho, uma parte significativa do filme é dedicada justamente ao grupo que revelou Ney ao país. A produção emociona ao retratar tanto a ascensão meteórica da banda quanto o rompimento entre os integrantes.

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No auge da fama, Ney era o centro das atenções e, segundo ele, isso gerou atritos. Com visual andrógino, corpo seminu, rosto pintado e uma presença magnética no palco, ele se tornou o símbolo dos Secos & Molhados. Mas o brilho que encantava o público também causava incômodo dentro da banda.

O primeiro disco, lançado em 1973, foi um fenômeno. Com canções como Sangue Latino, O Vira e Rosa de Hiroshima se tornaram clássicos imediatos. Porém, os conflitos nos bastidores entre João Ricardo, Ney Matogrosso e Gérson Conrad só aumentavam.

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Caracterização da banda Secos e Molhados

@esmirfilho/Instagram/Reprodução2 de 5

Ney Matogrosso

Mauricio Santana/Getty Images3 de 5

Ney Matogrosso

Rita Franca/NurPhoto via Getty Images4 de 5

Jesuíta Barbosa como Ney Matogrosso em Homem com H

Reprodução5 de 5

Ney Matogrosso

LEONARDO SOARES/ ESTADÃO CONTEÚDO

Um dos estopins foi a troca de empresário durante a gravação do segundo álbum. O episódio, segundo Ney, foi decisivo para sua saída do grupo.

“Quando fomos para o México, íamos entrar em estúdio para gravar o segundo disco. Chegando lá, nosso empresário simplesmente não apareceu! Cobramos o João Ricardo, e ele veio com uma desculpa. Depois disseram que o empresário não ia mais cuidar da banda e que o pai do João assumiria a gestão. Eu não concordava, ele não era do ramo”, relembrou Ney em entrevista ao programa Persona, da TV Cultura, em 2023.

Outro ponto de tensão foi a questão financeira. Ney contou que, inicialmente, todo o dinheiro era dividido igualmente, mas com a troca de empresário, a descoberta de que os compositores ganhavam mais mudou o clima.

“Eu não era compositor. Quando eles viram o quanto se ganhava por compor, o romantismo acabou. Aí eu disse que queria ganhar pelo show, porque sabia que chamava atenção. Disseram que não podia. Mas eu também não queria brigar por dinheiro”, contou.

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