Com o objetivo de ser um acervo para sons originais do Cerrado, o projeto Coleção Sonora do Cerrado foi lançado no fim de maio. Idealizado pela cubana Olivia Hernández, o acervo nasceu da dificuldade que ela enfrentou em encontrar áudios autênticos do Brasil para usar em seu trabalho como editora de som.
Disponível gratuitamente na web (clique para acessar), o projeto reúne sons característicos da região central do país — com registros urbanos, rurais e naturais. São mais de 2 mil arquivos de áudio originais, captados em diferentes estados do Cerrado brasileiro.
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Coleção Sonora do Cerrado conta com mais de 2000 arquivos de sons do Centro do Brasil
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A captação dos sons para integrar a Coleção Sonora do Cerrado foi realizada por uma equipe especializada de técnicos e microfonistas, utilizando equipamentos profissionais para garantir a fidelidade e a qualidade dos registros
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Biblioteca da Coleção Sonora do Cerrado
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De acordo com Olivia Hernández, idealizadora do projeto, a ideia surgiu durante sua mudança para o Brasil. Cubana, Olivia conta que sentiu falta de um acervo com as sonoridades do país enquanto trabalhava como editora de som para cinema.
“É um material de muito valor para quem trabalha com audiovisual. E o fato de ser gratuito permite que mais pessoas tenham acesso a um conteúdo de alta qualidade. Isso só foi possível graças ao apoio que recebemos de um edital de audiovisual de 2018, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, que financiou o desenvolvimento do projeto”, afirmou em entrevista ao Metrópoles.
Os sons foram captados em áreas de grande importância ecológica, como o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) e o Parque Estadual de Terra Ronca (GO). As gravações também aconteceram em Minas Gerais, Tocantins e no Distrito Federal.
A captação foi realizada por uma equipe especializada de técnicos e microfonistas, garantindo a fidelidade sonora e a qualidade dos registros. O projeto contou com o apoio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.