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Além do Mounjaro, veja canetas aprovadas pela Anvisa para perder peso

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Além do Mounjaro, veja canetas aprovadas pela Anvisa para perder peso

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (9/6), o uso do Mounjaro para tratar a obesidade. O remédio, que já tinha aprovação para uso contra a diabetes tipo 2, vinha sendo amplamente utilizado de forma off-label para a perda de peso.

A caneta injetável passa agora a ser indicada para pacientes com obesidade que apresentem ao menos uma comorbidade associada, como hipertensão ou colesterol alto. A aplicação recomendada é semanal e estará disponível em doses de 2,5 mg e 5 mg.

Para que servem as canetas aprovadas pela Anvisa

Além do Mounjaro, porém, apenas o Wegovy (semaglutida) contava com aprovação da Anvisa para perda de peso. A maioria das “canetas emagrecedoras” é, na realidade, um tipo de medicamento contra a diabetes, como ocorre com o Ozempic e o Saxenda. Nestes casos, a perda de peso, que era apenas uma das consequências do tratamento para pessoas com resistência à insulina, acabou virando o foco principal da popularidade dos remédios.

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Mounjaro e as canetas anti-obesidade

O diferencial do Mounjaro e do Wegovy em relação às demais canetas está nas dosagens mais altas e na capacidade de conduzir a uma perda de peso mais expressiva e que pode ser sustentada ao longo do tempo. No caso do Mounjaro, a tirzepatida imita as ações de dois hormônios ligados ao controle do apetite e da glicemia.

A decisão da Anvisa, publicada nesta segunda-feira (9/6) no Diário Oficial da União, pode ampliar o uso da substância, mas o acesso ao medicamento que usa tirzepatida como princípio ativo ainda esbarra em entraves, como o custo elevado e a alta demanda global.

Mesmo com descontos, a dose mais alta, de 5 mg, não sai por menos de R$ 1,8 mil, com as quatro aplicações necessárias para um mês de tratamento.

“O futuro destes remédios no Brasil parece promissor, mas exige um equilíbrio entre inovação, acesso e segurança. A popularização do medicamento como auxiliar na perda de peso deve ser acompanhada de estudos rigorosos e políticas públicas que garantam seu uso responsável, além de rigorosa supervisão médica para maximizar seus benefícios e minimizar riscos”, comenta a endocrinologista Alessandra Rascovski, diretora clínica da Atma Soma.

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O Ozempic foi aprovado para o tratamento de diabetes tipo 2 em janeiro de 2019 no Brasil

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O Ozempic é um medicamento para controlar a diabetes, mas leva também à perda de peso. Uma dose mais alta do mesmo principio ativo, esta sim vendida para combater a obesidade, é vendida sobre o nome de Wegovy

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A perda de peso é um efeito colateral das medicações

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O Ozempic é um remédio usado de forma “off label” para perda de peso

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Os efeitos colaterais decorrentes da semaglutida incluem náuseas, vômitos, constipação e diarreia

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O Wegovy, no geral, não interage tanto com outros medicamentos que já fazem parte da rotina de algumas pessoas

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Experts revelam se Ozempic pode realmente mudar a aparência da pele

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Remédios semaglutida são usados para o tratamento de sobrepeso e obesidade

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Wegovy

Em estudos clínicos, a medicação conseguiu reverter a obesidade em metade dos voluntários que fizeram uso contínuo da semaglutida. O medicamento também foi capaz de reduzir o risco de eventos cardíacas graves, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC), em 20% nos voluntários.

O Wegovy, com recomendação da Anvisa desde janeiro de 2023 para tratamento de obesidade, foi lançado no Brasil apenas no segundo semestre de 2024. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) abriu nesta segunda-feira uma consulta pública para avaliar as possibilidades de inclusão deste tratamento no Sistema Único de Saúde, com distribuição gratuita no país.

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