A situação precária das escolas rurais do Acre não se resume a apenas a mostrada pelo Fantástico, no último domingo, dia 8. Vai além. As escolas Renascer, na Colocação Apertado, e Limoeiro II, na Colocação Cachorra Magra, ambas na Florestal Estadual do Antimary, são o retrato do que enfrenta a educação rural no Acre.
O anexo II da Escola Limoeiro, o anexo I é a escola-curral mostrada pelo Fantástico, também está em completo abandono. É o que mostram imagens encaminhadas ao deputado estadual Edvaldo Magalhães. Ele mostrou a situação durante a sessão de hoje (11/6). Foi iniciada uma reforma, porém parou no tempo. Os alunos estudam no corredor, em meio às fezes de animais que dormem, à noite, na unidade de ensino.
A situação é semelhante na Escola Redenção, na Colocação Apertado. O prédio construído em madeira está praticamente caindo. O vereador de Bujari, Marivaldo do Antimary, esteve na unidade escolar, que é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Educação (SEE) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), uma vez que se trata de uma floresta pública estadual. No relato de Marivaldo, o assoalho está literalmente desabando. Alunos já se acidentaram dentro da Escola, por conta que as tábuas estão apodrecidas. Não há a mínima estrutura física no local.
“Essas escolas são na Floresta Estadual do Antimary. Eu vou voltar com esse debate na semana que vem porque nesta floresta pública existe recursos do KFW para fazer os investimentos e as reformas, independente dos recursos da Secretaria de Educação. E o abandono daquela Floresta é gritante. Vou trazer a situação da UGAI. Vou trazer aqui também os galpões caindo. Os tratores e demais maquinários foram retirados de lá há 4 anos. É a demonstração de que o problema do ensino rural é crônico, não é pontual e permanece”, disse Edvaldo Magalhães.
Em todo o Acre, são 420 escolas rurais, sendo que 160 estão precisando de serem reconstruídas ou reformadas.