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Anac se manifesta sobre queda de balão que matou mulher em SP

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Anac se manifesta sobre queda de balão que matou mulher em SP

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) se manifestou sobre a morte de uma mulher após a queda de um balão em Capela do Alto, no interior de São Paulo, no último domingo (15/6). Em nota, a Anac disse que “lamenta o ocorrido e presta solidariedade aos familiares da vítima”.

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Um vídeo mostrou a queda do balão que vitimou uma mulher grávida

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O balão estava com 35 pessoas a bordo

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O piloto do balão foi preso e responderá por homicídio culposo com dolo eventual

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O balão caiu pela manhã deste domingo. O Cenipa foi acionado

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Balão caiu em uma área rural de Capela do Alto e matou uma mulher grávida

Divulgação/ Polícia Militar

Responsável por regular e fiscalizar as atividades da aviação civil no Brasil, a agência afirmou que o uso do balão em práticas aerodesportivas é considerado de alto risco e que não há habilitação técnica para a atividade.

“As aeronaves não são certificadas, não havendo garantia de aeronavegabilidade. Também não existe uma habilitação técnica emitida para a prática, e as habilidades e os conhecimentos de cada praticante são diferenciados. Nesses casos, cabe ao desportista a responsabilidade pela segurança da operação”, diz a nota.

O texto afirma ainda que aerodesportistas devem fazer uma prova teórica, em qualquer entidade credenciada pela Anac, para comprovar que têm conhecimento dos riscos da atividade para o tráfego aéreo e para “terceiros em solo”.

“Uma pessoa que embarcar outra pessoa em veículo de aerodesporto deve dar ciência de que se trata de atividade desportiva de alto risco, que ocorre por conta e risco dos envolvidos, onde operador e aeronaves não dispõem de qualquer qualificação técnica emitida pela Anac, não havendo, portanto, qualquer garantia de segurança”, diz a nota.

O que aconteceu

Vídeo mostra queda do balão

Imagens mostram o momento exato da queda da aeronave que matou uma mulher e deixou pelo menos 16 feridos na manhã desse domingo (15/6), na cidade de Capela do Alto, no interior de São Paulo.

O registro foi feito por uma das 35 pessoas – 33 passageiros, um piloto e um auxiliar – que estavam a bordo do balão no momento do acidente. Pelas imagens, é possível ver que as vítimas caíram em uma área de mata.

Veja:

Empresa já foi fechada

A Prefeitura de Boituva informou que a empresa já havia sido fechada por irregularidades e passou a atuar sob um novo CNPJ. A Confederação Brasileira de Balonismo (CBB) disse que a responsável não possuía documentação para o balão que caiu nesse domingo e o piloto não possuía licença para realizar o voo.

A mesma empresa já havia se envolvido em um acidente em maio de 2022. À época, a Polícia Civil afirmou que o balão não poderia ter decolado em razão das condições climáticas, pois a Defesa Civil havia emitido um alerta de ventos fortes. Ainda assim, a aeronave voou e caiu entre as margens da rodovia Castello Branco, entre Porto Feliz e Boituva, ferindo nove pessoas.

Três das vítimas do acidente de 2022 foram encontradas a cerca de um quilômetro do local em que o cesto do balão caiu, já que o piloto teria feito um pouso forçado. Segundo a polícia, a empresa foi indiciada pelos crimes de lesão corporal e exposição da vida ao perigo, e o caso foi encaminhado à Justiça em 2023.

Medidas da Prefeitura

Em reunião realizada nessa segunda-feira (16/6), a Prefeitura de Boituva e a CBB definiram medidas administrativas e normativas para fiscalizar e evitar que novos acidentes aconteçam.

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Em nota, os órgãos afirmaram que notificarão todas as empresas de balonismo do município para o envio de documentação, criarão uma lei municipal para a regulamentação da atividade e pretendem introduzir um QR Code para os cestos dos balões, no qual constarão todas as informações da empresa responsável e do piloto.

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