Após 37 anos como editora-chefe de uma das revistas de moda mais prestigiadas do mundo, a Vogue, a britânica Anna Wintour estaria à procura de alguém para sucedê-la. À frente das operações editoriais da Vogue US desde 1988, ela é considerada uma das principais responsáveis por transformar a revista na mais relevante do mundo da moda.
Vem conferir!
Anna Wintour deixa comando editorial da Vogue após 37 anos
Segundo a revista americana People, Wintour informou sua equipe sobre a decisão na manhã dessa quarta-feira (25/6). Embora deixe o posto de editora-chefe da Vogue americana, ela continuará exercendo funções de liderança como diretora global de conteúdo da Condé Nast e diretora editorial da marca em âmbito internacional.
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Nessa posição estratégica, Wintour supervisiona todas as plataformas editoriais do conglomerado — entre elas Wired, Vanity Fair, GQ, Architectural Digest, Condé Nast Traveler, Glamour, Bon Appétit, Tatler, World of Interiors e Allure. A única exceção é a The New Yorker, que permanece sob a direção de David Remnick.
Mas quem é Anna Wintour?
Considerada uma das figuras mais importantes e emblemáticas do mundo da moda, Anna é jornalista autodidata e não chegou a concluir a faculdade. Em 1970, começou a trabalhar como assistente de moda da revista Harper’s & Queen. A britânica passou por outros títulos de moda, até assumir a Vogue inglesa, em 1986, dois anos antes de iniciar seu trabalho na revista Vogue americana como sucessora de Grace Mirabella, ex-editora-chefe da época.
Capas históricas
Logo de cara, a editora britânica deu passos marcantes: sua primeira capa incluiu a modelo Michaela Bercu usando calças jeans da marca Guess — uma peça que, até então, nunca havia estampado uma publicação da Vogue.
“Eu tinha acabado de olhar para a fotografia da Michaela e senti os ventos da mudança. Você não pode pedir mais do que isso de uma foto de capa”, escreveu Wintour em uma de suas publicações.
Happy birthday to Anna Wintour, our U.S. Artistic Director, Editor-in-Chief of @voguemagazine and Global Content Advisor, who turns 70 today. Here is Anna’s first #Vogue cover, from November 1988, featuring Israeli model Michaela Bercu. pic.twitter.com/DEZAOxoqw3
— Condé Nast (@CondeNast) November 3, 2019
Na edição de novembro de 1992, o ator Richard Gere apareceu ao lado da supermodelo Cindy Crawford, marcando a primeira vez em que um homem fez parte de uma capa da Vogue.
@VailStyle: Richard Gere with Cindy Crawford in November 1992 Vogue Cover. #fashion #fashionfact #vail #Model pic.twitter.com/YMb5h0Nda6
— IsaEstrada (@VailStyle) August 11, 2014
Teen Vogue
Em 2003, a Teen Vogue foi lançada como uma espécie de spin-off focado em jovens leitores interessados nos assuntos de moda, beleza e lifestyle. A proposta da revista foi fortemente moldada pela visão de Anna Wintour, que escolheu Amy Astley como a primeira editora-chefe.
Met Gala
A editora britânica atua como presidente do Met Gala desde 1995, sendo responsável por aprovar a lista de convidados do evento. Sua influência é tamanha que a ala de moda do museu passou a se chamar Anna Wintour Costume Center em sua homenagem.
A curadoria de Wintour elevou o Met Gala de um jantar beneficente elegante a um fenômeno sociocultural que cruza as fronteiras entre moda, arte e entretenimento. O evento se transformou em um espetáculo fashion com apelo visual e viral, além de ser um dos mais aguardados — e influentes — do calendário da moda global.
O Diabo Veste Prada
A editora foi eternizada no cinema, no filme O Diabo Veste Prada, como Miranda Priestly, interpretada pela atriz Meryl Streep. Apesar de ser uma caricatura, a “personagem da vida real” inspira o medo e o fascínio de muitos.
A autora do livro adaptado para as telas, Lauren Weisberger, chegou a admitir que a história foi inspirada em suas próprias experiências como assistente de Wintour na Vogue americana. À época, ela disse: “Foi uma obra de ficção, mas obviamente inspirada por Anna.”
Confira a cena em que Miranda Priestly chega ao escritório e causa pânico na equipe de funcionários: