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Apesar de fuga e ordem de prisão, Motta silencia sobre caso Zambelli

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Apesar de fuga e ordem de prisão, Motta silencia sobre caso Zambelli

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), mantém o silêncio sobre a situação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que saiu do Brasil depois de ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e é alvo de um mandado de prisão preventiva.

Desde terça-feira (4/6), quando Zambelli anunciou que estava fora do país, Motta evita falar sobre o assunto nos corredores do Congresso. O Metrópoles procurou a assessoria do presidente da Câmara para que ele se manifestasse sobre o caso. Porém, até a publicação desta reportagem, não houve retorno. O espaço segue aberto.

A oposição na Câmara cobra que o presidente da Câmara se manifeste. O grupo entende que a parlamentar é “vítima de perseguição” e que a determinação de sua prisão “é absurda”, mesmo ela já estando condenada pela Primeira Turma do STF.

“Diante de tamanha gravidade e da total ausência de precedentes na história do Parlamento brasileiro, a presidência da Câmara dos Deputados — na figura do presidente Hugo Motta — tem o dever constitucional, institucional e moral de se manifestar com firmeza e urgência”, disse um trecho da nota divulgada na quarta-feira (4/6) pela liderança da oposição.

Apesar da declaração da oposição por meio de nota, deputados do grupo tem evitado dar entrevistas e falar sobre o caso da parlamentar.

Da condenação até a fuga

Anúncio formal de fuga e pedido da PGR

Na terça-feira (3/6), Zambelli concedeu uma entrevista ao canal AuriVerde, no YouTube, em que revelou que estava fora do país.

“Eu queria anunciar que estou fora do Brasil. Já faz alguns dias. A princípio, buscando um tratamento médico, é um tratamento que eu já fazia aqui [sem especificar o lugar]. Vou pedir afastamento do cargo”, disse.

A parlamentar afirmou que vai ficar na Europa por ter cidadania europeia e que vai “denunciar a ditadura” que, segundo ela, o Brasil vive. Segundo a deputada, ela vai pedir licença não remunerada, assim como fez o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos. O pedido de licença não aconteceu.

Após a entrevista, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão preventiva da deputada. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a detenção e ainda pediu a inclusão de Zambelli na lista vermelha da Interpol.

Na decisão, Moraes também determinou os respectivos bloqueios:

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