O pai de Ana Luiza de Oliveira Neves, jovem de 17 anos que morreu após comer um bolo envenenado com arsênico, no último domingo (1°/6), em Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo, disse que a adolescente que confessou o crime dormiu na casa da família da vítima no dia em que enviou o doce.
“Essa menina foi dormir lá em casa, ela acompanhou todinho esse caso. Ela viu minha menina passar mal, viu a hora que eu fui levar no hospital. Nenhuma reação ela mostrou”, afirmou Silvio Ferreira das Neves.
Ana Luiza Neves, que morreu em SP após comer bolo envenenado
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Ana Luiza Neves, que morreu em SP após comer bolo envenenado
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Quem era jovem que morreu após comer bolo de pote
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Ana Luiza Neves, que morreu em SP após comer bolo envenenado
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Ana Luiza Neves, que morreu em SP após comer bolo envenenado
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Dona de loja do bolo de pote que matou jovem publica esclarecimento
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Bilhetes enviados a Kamilly Vitória Nogueira Da Silva e Ana Luiza de Oliveira Neves junto com bolo envenenado
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Adolescente de 17 anos morreu em SP após comer bolo de pote envenenado
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Adolescente de 17 anos morreu menos de 24 horas depois de comer bolo de pote
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Silvio Ferreira das Neves, pai da estudante Ana Luiza, que morreu após comer um bolo envenenado, no enterro da jovem
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Enterro da jovem Ana Luiza Neves, que morreu após comer bolo envenenado
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Enterro da jovem Ana Luiza Neves, que morreu após comer bolo envenenado
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Enterro da jovem Ana Luiza Neves, que morreu após comer bolo envenenado
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A adolescente que assumiu o crime foi detida e encaminhada para a Fundação Casa, após pedido da Polícia Civil, para internação provisória. O Metrópoles apurou que a adolescente infratora disse à polícia que enviou o bolo envenenado “por ciúmes” e que alegou querer apenas “dar um susto” na vítima.
Segundo o boletim de ocorrência, a encomenda foi recebida pela irmã da vítima e tinha um bilhete com os dizeres: “Um mimo pra garota mais linda que eu ja vi”.
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O bolo foi comprado em uma doceria local, a Menina Trufa, e posteriormente a jovem preparou um brigadeiro branco que usou como cobertura do doce e jogou óxido de arsênico em pó por cima. Em seguida, ela solicitou um motoboy para fazer a entrega por meio de um aplicativo. Ela pagou R$ 5 no delivery.
Por volta das 18h, Ana Luiza chegou em casa e comeu o bolo. Menos de uma hora depois, ela começou a passar mal e mandou mensagem a um amigo sobre a situação. Esse amigo, então, questionou o fato de a jovem ter comido um alimento sem saber a procedência.
O que se sabe
- Segundo a equipe médica, a jovem foi levada ao pronto-socorro após aproximadamente 20 minutos de parada cardiorrespiratória.
- Ela estava com cianose — coloração azulada e roxa na pele, causada por falta de oxigenação no sangue –, hipotermia, sem batimentos cardíacos e sem respiração.
- Os médicos tentaram reanimá-la, porém ela não resistiu.
- Segundo o boletim de ocorrência, a causa da morte foi apontada como intoxicação alimentar.
- O caso foi registrado como morte suspeita pela Delegacia de Itapecerica da Serra.
- O bolo e a embalagem na qual o produto chegou na casa da adolescente foram apreendidos, assim como um pacote de doces e o bilhete.
- Com a piora dos sintomas, Ana Luiza foi encaminhada a um hospital particular pelo pai. Na unidade de saúde, ela foi atendida pela equipe médica e diagnosticada com um quadro de intoxicação alimentar. No hospital, a adolescente tomou remédio, soro e, após uma melhora do quadro de saúde, foi liberada.
Entretanto, no dia seguinte, ela piorou novamente e foi levada ao pronto-socorro, por volta das 16h. Desta vez, a adolescente já chegou à unidade morta, menos de 24 horas de ter comido o bolo.
Loja se manifestou
A dona da loja que fabricou o bolo de pote ingerido pela adolescente esclareceu que não foi responsável pela entrega do doce à menina. A Menina Trufa, nome da marca, admitiu ter sido a fabricante do produto.
Segundo publicação no Instagram da loja, uma pessoa teria adquirido o produto como se fosse para consumo próprio e levado o bolo para outro lugar. Ainda de acordo com a Menina Trufa, a entrega à jovem que morreu foi realizada “de um local desconhecido” e por um motoboy que não presta serviços à empresa, sem autorização ou vínculo com a marca.
Além de repudiar as tentativas de associação indevida à marca, a fabricante decidiu fechar a loja nesta terça-feira (3/6), em respeito à família da jovem.
A Menina Trufa afirma que está colaborando com as autoridades para esclarecer o ocorrido.
Quem era a vítima
Colegas de turma da adolescente Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos, que morreu devido a uma intoxicação alimentar após ter comido um bolo de pote, usaram as redes sociais para se despedir da amiga. Uma publicação na página do “terceirão” G da Escola Estadual João Baptista de Oliveira, em Itapecerica da Serra, diz que Ana Luiza era doce, gentil, sorridente e simpática.
“Com um enorme peso, nossa sala se despede de uma linda estrela […] Nenhuma palavra será suficiente para consolar, mas desejamos que o amor e as lembranças bonitas confortem, pouco a pouco, os corações machucados. Ana foi, e sempre será, parte da nossa história. Levaremos conosco os bons momentos, os aprendizados e o carinho que ela deixou”, escreveram no post.
Ana Luiza foi enterrada na manhã desta terça-feira (3/6) no Cemitério Municipal Recanto do Silêncio.