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    Bolsonaro culpa esquerda pelo 8/1 e diz que é processado por “fumaça de golpe”

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    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste domingo (29/6), durante manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, que os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, foram um “movimento orquestrado pela esquerda”, e chamou o processo por tentativa de golpe de Estado, pelo qual está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF), de “fumaça de golpe”.

    Com o slogan “Justiça Já”, contra os julgamentos de bolsonaristas no STF, a manifestação deste domingo foi a 6ª convocado por Bolsonaro desde que ele deixou a Presidência da República, no fim de 2022. Também foi o ato que reuniu o menor número de apoiadores: 12,4 mil pessoas, segundo estimativa do Monitor da Universidade de São Paulo (USP).

    Em cima do caminhão de som na Paulista, ao lado de políticos aliados, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Bolsonaro enumerou uma série de episódios que, na visão dele, desmontam a tese de tentativa de golpe após a derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

    Ele afirmou que fez uma “transição pacífica elogiada por Geraldo Alckmin [vice-presidente]” no fim de 2022, que nomeou dois comandantes das Forças Armadas a pedido de Lula antes de deixar o cargo, e que até o atual ministro da Defesa, José Múcio, já descartou em entrevista ter havido uma tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro.

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    Manifestantes participam de ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo

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    Silas Malafaia e o ex-presidente Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista

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    Ato está marcado para às 14h

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    Cartazes em inglês prestam apoio a Trump e Eduardo Bolsonaro durante ato bolsonarista em São Paulo

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    Manifestantes exibem faixas pedindo “Justiça Já”

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    Cartaz faz referência à anistia aos presos pelos atos de 8 de Janeiro

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    Grupo bolsonarista começa a se concentrar pela manhã na Paulista, horas antes do início oficial do ato

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    Ato bolsonarista repete pautas já vistas em manifestações anteriores, como críticas ao Supremo e pedidos de anistia

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    Esta é a 6ª vez que Bolsonaro convoca apoiadores para a ruas desde que deixou a Presidência da República

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    Governadores Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Jorginho Mello e Cláudio Castro participam do ato

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    Apenas o governador de São Paulo deve discursar

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    Apoiadores de Jair Bolsonaro ocupam a Avenida Paulista neste domingo (29/6) com bandeiras do Brasil, Israel e EUA

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    “Nomeamos dois comandantes de força a pedido desse cara que está no governo agora. Quem quer dar golpe nomeia comandantes a pedido do governo opositor? No dia 30, algo me fez sair do Brasil. Não era apenas para não passar a faixa? Jamais eu passaria a faixa para um ladrão. Jamais eu passaria a faixa para um ladrão”, disse Bolsonaro.

    Na sequência, o ex-presidente prosseguiu falando do 8 de janeiro. “Um movimento mais do que claro orquestrado pela esquerda. Lula não estava em Brasília. No dia anterior, foi para Araraquara, porque sabia o que iria acontecer. Tanto que as imagens de quase 200 câmeras sumiram. Tudo foi quebrado antes daquelas pessoas que parte estavam no acampamento chegaram”, completou o ex-presidente.

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    Sem citar nomes, o ex-presidente criticou o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), voltou a atacar as penas dadas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, e disse que “me processam por uma fumaça de golpe”.

    “Se alguém quebrou alguma coisa que pague. Agora, julgar e prender por baciada, isso não existe no nosso ordenamento jurídico”, afirmou o ex-presidente.

    “Que arma foi apreendida? Busquem as polícias legislativas da Câmaras e do Senado. Nenhuma arma foi apreendida além de um estilingue e umas bolinhas de gude. Que tentativa armada é essa? Golpe se dá com forças armadas, com armamento, com o núcleo financeiro, com núcleo político, com apoio de instituições inclusive fora do Brasil. Que golpe é esse, meu Deus do céu?”

    Mobilização popular

    • Os números do Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da USP, mostram que, ao longo do tempo, as manifestações bolsonaristas perderam a capacidade de adesão.
    • Neste domingo (29/6), foram 12,4 mil pessoas, segundo estimativa do Monitor da USP
    • Em 25 de fevereiro do ano passado, o ex-presidente levou 185 mil pessoas à Avenida Paulista. Em 6 de abril deste ano, 44,9 mil pessoas foram à última manifestação, em São Paulo – uma redução de 75%.
    • No período entre os dois atos, ainda houve outros três protestos de aliados de Bolsonaro. Em 21 de abril, o monitor da USP mediu 32,7 mil pessoas em um ato em Copacabana. Já no Dia da Independência do ano passado, 7 de setembro, 45,4 mil pessoas estiveram na Paulista.
    • No dia 16 de março deste ano, 18,3 mil pessoas se manifestaram em apoio a Bolsonaro no Rio de Janeiro.