Os bolsonaristas prometem centrar fogo neste domingo (29/6) contra o Supremo Tribunal Federal (STF) na manifestação convocada para a Avenida Paulista. Boa parte dos oradores que irão discursar no ato afirmam que há perseguição dos ministros da Corte contra políticos de direita, em especial do Partido Liberal (PL), sigla à qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é filiado.
O slogan do encontro deste domingo é “Justiça Já” e as críticas devem se concentrar no andamento do julgamento do Bolsonaro no Supremo. O Metrópoles transmitirá a manifestação na Paulista no canal do portal no YouTube a partir das 13h.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
DANILO M. YOSHIOKA/ESPECIAL METRÓPOLES @danilomartinsyoshioka2 de 15
Michelle Bolsonaro durante ato pela anistia
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo3 de 15
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto4 de 15
Nikolas Ferreira e Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista
Reprodução/ Youtube5 de 15
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo6 de 15
O governador Tarcísio de Freitas também vai discursar na Paulista
Isabella Finholdt/ Metrópoles7 de 15
Pastor Silas Malafaia acompanha Bolsonaro em manifestação
DANILO M. YOSHIOKA/ESPECIAL METRÓPOLES @danilomartinsyoshioka8 de 15
O deputado Altineu Côrtes (PL-RJ)
Reprodução/Câmara dos Deputados9 de 15
A deputada Bia Kicis (PL-DF)
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados10 de 15
A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC)
Reprodução/Facebook11 de 15
Deputado Gustavo Gayer (PL-GO)
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O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara
Bruno Spada/Câmara dos Deputados13 de 15
O senador Magno Malta (PL-ES)
Igo Estrela/Metrópoles14 de 15
O pastor Marco Feliciano (PL-SP)
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O líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS)
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Na véspera da manifestação, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) exibiu em uma live gráficos para demonstrar que a maioria das ações em curso no STF contra políticos mira integrantes do PL. Gayer ainda afirmou que os processos do Supremo contra a classe política são contra algo que foi dito, em detrimento das ações de combate à corrupção.
Depois da exposição de Gayer, que afirmou demonstrar em números que o partido é vítima de “perseguição do STF”, o ex-presidente disse ser o alvo da suposta conduta persecutória.
“Ninguém tem dúvida que o alvo sou eu. Eles [ministros do STF] estão ali, botaram na cabeça. [Estão] me derrubando, me tirando de combate, não interessa como”, disse Bolsonaro na live da AuriVerde Brasil, considerada um “esquenta” para a manifestação, na noite deste sábado (28/6).
Em seguida, o ex-presidente citou uma série de processos aos quais respondeu e considera inócuos. Em alguns dos casos, Bolsonaro nunca foi responsabilizado na Justiça, mas segundo ele, respondeu perante a opinião pública.
“O mais grave deles foi o [de que eu seria] mentor da morte de Marielle Franco. Passei cinco anos não respondendo na Justiça, mas sendo massacrado na mídia, acusado de ser o mentor da morte de Marielle Franco. Depois, apareceu o responsável e o assunto, simplesmente, sumiu”, disse o ex-presidente.
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Além da morte da ex-vereadora do Rio, Marielle, pela qual Bolsonaro não respondeu no STF, o ex-presidente também citou uma denúncia de que teria comprado imóveis no Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, em “cash”.
“Como é que eu vou arranjar dinheiro se eu nunca tive nenhum cargo no Executivo? Nunca tive nada”, questionou Bolsonaro.
“Fumaça chamada golpe de Estado”
Por fim, o ex-presidente falou sobre o julgamento por tentativa de golpe de Estado e sobre casos que foram arquivados. Um dos arquivamentos diz respeito à falsificação no cartão de vacinas e o outro, por ter importunado baleias no litoral de São Paulo.
“Agora, estou nesse golpe fictício, essa fumaça chamada golpe de Estado. Espero que o relator, doutor Paulo Gonet [procurador-geral da República], chegue nessa mesma conclusão e possamos arquivar mais esse processo”, afirmou Bolsonaro.
No último dia 10 de junho, Bolsonaro prestou depoimento ao STF no julgamento sobre a tentativa de golpe. O ex-presidente é denunciado como principal nome do “núcleo crucial” da tentativa de rompimento do Estado Democrático de Direito, após derrota nas eleições de 2022.
Apesar da pressão que vem enfrentando, Bolsonaro busca manter sua base mobilizada e adotou um tom esperançoso na live deste sábado. “O que eu penso disso tudo? É que tem jeito, tem saída. Tanto é que o meu pronunciamento amanhã (29/6) será um pouco diferente do que o pessoal está acostumado a ouvir”, disse.