Na tarde desta quinta-feira (5/6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento à Polícia Federal (PF). Ao sair da oitiva, Bolsonaro afirmou que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) não está fazendo lobby nos Estados Unidos (EUA) para que ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sofra sanções por parte do governo de Donald Trump.
Bolsonaro afirmou que se Moraes, ou outras autoridades brasileiras, sofrer sanções, será com base em “fatos”.
“Eu converso com meu filho de vez em quando. O trabalho que ele faz lá é por democracia no Brasil. Não existe ‘sancionamento’ de nenhuma autoridade nem aqui nem no mundo, por parte do governo americano, por lobby, apenas fatos. Então não adianta ninguém jogar para cima dele, por ventura, alguém ser sancionado no Brasil seja por lobby. Não tem lobby, apenas fatos”, disse.
4 imagens Fechar modal. 1 de 4 Ex-presidente Jair Bolsonaro
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo2 de 4
Viatura na porta da PF para depoimento de Eduardo Bolsonaro (PF)
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo3 de 4
Bolsonaro em entrevista a jornalistas na porta da PF
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo4 de 4
Sede da Polícia Federal
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo
O depoimento foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que investiga a atuação de Eduardo junto ao governo do republicano Donald Trump em busca de punições para autoridades brasileiras. O próprio Moraes é um dos alvos das investidas do parlamentar.
Leia também
-
Bolsonaro garante: “Não tenho nada a ver com a Carla Zambelli”. Vídeo
-
Vídeo: Bolsonaro se diz “muito feliz” por poder ficar diante de Moraes
-
Bolsonaro diz à PF que enviou R$ 2 milhões a Eduardo nos EUA
-
Big Techs: indicado de Bolsonaro decide não travar julgamento
O deputado Eduardo Bolsonaro também terá de prestar depoimento no caso. No entanto, ele vai se pronunciar por escrito, uma vez que está nos Estados Unidos. Outro que teve de apresentar depoimento no inquérito foi o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). Ele esteve na PF, na segunda-feira (2/6). O petista foi o autor da provocação que levou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a solicitar que Moraes determinasse a abertura do inquérito, o que aconteceu no último dia 26.
No pedido de abertura do inquérito, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o próprio Eduardo tem divulgado publicamente a atuação dele junto ao governo norte-americano para que sanções sejam aplicadas contra os ministros do STF, em especial a Moraes, a PGR e a PF. As medidas seriam empregadas por meio da Lei Magnitsky.