O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta quinta-feira (5/6), Ruben Dario Villar, o Colômbia, apontado como mandante dos crimes que levaram à morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, que estavam em missão na segunda maior terra indígena brasileira.
O crime foi cometido há exatamente três anos, na região do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas. Bruno e Dom sofreram uma emboscada e foram assassinados por motivo torpe — desprezível, com perversidade — e de forma cruel, sem chance de defesa.
O sumiço foi na reserva indígena Vale do Javari, no Amazonas.
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A Polícia Federal concentra os esforços em áreas próximas ao Rio Itaquaí.
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Polícia Federal, o Exército, a Marinha e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas fazem as buscas
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último contato com os dois profissionais ocorreu no domingo, 5 de junho
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No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca
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Em 12 de junho, uma semana depois, mochilas com os pertences pessoais de Dom e Bruno foram encontradas. Não muito tempo depois, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, irmão de Pelado, foi preso sob suspeita de envolvimento no crime
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Bruno e Dom foram interceptados em rio e executados
Material cedido ao Metrópoles
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Dom Phillips e Bruno Pereira
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Bruno e Dom foram dados como desaparecidos em 5 de junho de 2022, e as buscas mobilizaram autoridades brasileiras, indígenas, populações locais e a imprensa nacional e internacional.
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A decisão ocorre sete meses depois de a Polícia Federal concluir as investigações sobre a participação de Colômbia. Apesar da prisão dos envolvidos, inclusive do homem apontado como o mandante das mortes pela Polícia Federal, o caso segue sem a condenação dos envolvidos.
A denúncia contra o mandante foi apresentada ao juízo da Subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM), onde o processo tramita, pelo procurador da República Guilherme Diego Rodrigues Leal, com auxílio do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri (GATJ). O MPF também solicitou que seja levantado o sigilo dos autos para que, dessa forma, mais informações possam ser divulgadas.
Em outubro do ano passado, o MPF apresentou recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que seja mantido o julgamento do réu Oseney da Costa Oliveira, por júri popular. Para o MPF, ele, juntamente com os réus Amarildo da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima, deve ser julgado por duplo homicídio qualificado. Mas nada avançou depois disso, e ainda não há data para o julgamento.