O embate entre Donald Trump e Elon Musk teve um spoiler meses atrás.
Numa entrevista coletiva em que Musk parecia o presidente e Trump, seu auxiliar, foi o filho de quatro anos do empresário quem externou o que hoje o bilionário dono da Tesla, do X e da Starlink colocou no ventilador.
Na ocasião, Musk liderava o Departamento de Eficiência Governamental — um órgão criado sob encomenda para ele.
Crianças pequenas, em geral, repetem o que ouvem em casa. Trump deveria ter prestado atenção nisso diante do constrangimento causado por “Musk Filho”.
Na ocasião, X Æ A-Xii (o nome do garoto) disse para Trump, em pleno Salão Oval:
— Eu quero que você cale a sua boca! Você não é o presidente. Precisa ir embora!
Ao insinuar o envolvimento do ex-chefe com um escândalo sexual, Musk aponta a porta de saída. O agora desafeto diz que Trump está na lista do empresário Jeffrey Epstein, acusado de comandar uma rede internacional de exploração sexual de menores.
No Brasil, há uma máxima na política: você não deve nomear quem não pode demitir.
Lula já experimentou essa consequência. No seu primeiro mandato, ao demitir dos Correios um apadrinhado de Roberto Jefferson, detonou a granada que implodiu seu governo.
O ex-presidente do PTB reagiu e denunciou o esquema do Mensalão à jornalista Renata Lo Prete, mergulhando o governo Lula em um dos maiores escândalos políticos do país. O caso completa 20 anos.