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    Candidatos simulam sequestro para ganhar votos e viram alvo da PF

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    A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta segunda-feira (9/6), a Operação Marco Zero, que apura o sequestro simulado de dois candidatos, um a prefeito e outro a vereador, do município de Senador José Bento, no Sul de Minas Gerais. Segundo as investigações, a dupla teria forjado o desaparecimento com o objetivo de gerar comoção popular e conquistar votos nas eleições de 2024.

    A operação cumpre 10 ordens judiciais, sendo oito mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária, expedidos pela Justiça Eleitoral de Pouso Alegre (MG). As diligências foram realizadas em cidades mineiras, Congonhal, Senador José Bento, Ibitiura de Minas e Andradas, e também em Siqueira Campos, no Paraná.

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    De acordo com a Polícia Federal, os então candidatos permaneceram escondidos por mais de 24 horas, com o apoio de terceiros, para sustentar a narrativa do sequestro. O inquérito foi inicialmente conduzido pela Polícia Civil, mas foi encaminhado à PF diante da evidência de crime eleitoral.

    As provas colhidas indicam que a motivação do suposto desaparecimento era exclusivamente eleitoral, a intenção era sensibilizar a população e angariar apoio nas urnas, manipulando a opinião pública com um episódio forjado.

    Marco Zero
    O nome da operação faz referência ao ponto onde foi encontrado o veículo supostamente usado pelos candidatos antes do “desaparecimento”, considerado pela PF o marco inicial da apuração.

    A Polícia Federal ainda não divulgou os nomes dos investigados. Os materiais apreendidos serão periciados, e os envolvidos responderão por crimes como falsidade ideológica, comunicação falsa de crime, fraude processual e crime eleitoral.