Assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim afirmou à coluna que, na guerra entre Israel e Irã, o Brasil “está do lado da paz”.
A declaração ocorre em resposta a uma servidora do Departamento de Estado dos Estados Unidos que, em coletiva de imprensa virtual, instou os países da América Latina e Caribe a escolherem “de que lado vão estar” no conflito entre Israel e Irã.
Trump, Netanyahu e Ali Khamenei
Arte/Metrópoles2 de 2
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores
Hugo Barreto/Metrópoles
“O Brasil não tem lado. O Brasil está do lado da paz”, respondeu Amorim à coluna, diante da retórica norte-americana que tem pressionado aliados a condenarem o regime iraniano — classificado por Washington como “patrocinador estatal do terrorismo”.
A manifestação da diplomata norte-americana ocorreu na véspera da 55ª Assembleia-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), marcada para esta terça-feira (24/6).
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Embora a crise no Haiti seja o tema central, a expectativa é que manifestações diplomáticas sobre a escalada no Oriente Médio também se façam presentes.
O comentário da representante dos EUA foi feito no contexto da intensificação dos ataques militares de Israel contra alvos iranianos, com alegado objetivo de conter o avanço do programa nuclear do Irã. “Cada país tem que tomar uma decisão”, disse ela, referindo-se ao posicionamento esperado dos membros da OEA.
Ainda na noite de segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um cessar-fogo entre Irã e Israel e classificou o confronto como “a guerra dos 12 dias”.