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Clã de empresário da farra do INSS movimentou R$ 790 mi sob suspeita

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Clã de empresário da farra do INSS movimentou R$ 790 mi sob suspeita

Suspeito de ser um dos beneficiários finais do esquema bilionário de fraudes contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o empresário Maurício Camisotti (foto em destaque) e mais sete familiares movimentaram ao menos R$ 787,5 milhões em “operações suspeitas” entre 2016 e 2024, de acordo com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Os relatórios que citam as transações do clã Camisotti comunicadas por bancos e cartórios foram anexados aos inquéritos da Polícia Federal (PF) que investigam a farra dos descontos indevidos sobre aposentadorias do INSS, revelada pelo Metrópoles. Camisotti e suas empresas foram alvos da Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF no fim de abril.

Segundo a PF, as comunicações que compõem os Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) do Coaf não informam todas as operações ocorridas nas contas comunicadas, mas “apenas as operações identificadas pelos comunicantes com indícios de serem ocorrências de lavagem de dinheiro ou outro ilícito no período informado na própria comunicação”.

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Carros de luxo apreendidos com o Careca do INSS

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Motos importadas apreendidas na casa do Careca do INSS

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Mala de dinheiro apreendida em apartamento do Careca do INSS

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Polícia Federal deflagrou operação por fraudes no INSS

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto5 de 11

PF cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão na Operação Sem Desconto

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto6 de 11

Carlos Lupi pediu demissão do Ministério da Previdência 9 dias após operação da PF contra farra do INSS

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto7 de 11

PF aponta três operadores da farra dos descontos contra aposentados, entre eles o ”Careca do INSS” (ao centro)

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Jorge Messias, chefe da AGU

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Vinícius Carvalho, chefe da CGU

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Novo chefe da Previdência

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“Ninguém é autorizado a falar em nome do INSS”, enfatizou o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior

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Operações suspeitas da família

O que diz Maurício Camisotti

A defesa do empresário negou a existência de “ilegalidade ou irregularidade” nas movimentações suspeitas apontadas pelo Coaf. Os advogados afirmam que o “valor artificialmente inflado e desproporcional à realidade” é resultado de registros de entrada e saída de recursos, que podem estar sobrepostos. Confira abaixo a íntegra da nota enviada pela defesa da Camisotti:

“Os relatórios do Coaf que mencionam o empresário Maurício Camisotti e seus familiares deixam claro que as movimentações financeiras ali citadas ocorreram em anos anteriores ao período em que sua administradora prestou serviços para as associações de aposentados.

É importante destacar que os referidos relatórios (Relatórios de Inteligência Financeira – RIFs) se baseiam em movimentações consideradas atípicas por padrões estatísticos, sem que isso signifique, de forma alguma, a existência de ilegalidade ou irregularidade.

Mais do que isso: esses relatórios sobrepõem registros de entrada e saída de recursos, contabilizando diversas vezes a movimentação de um mesmo montante, o que resulta em um valor artificialmente inflado e desproporcional à realidade.

Todas as movimentações financeiras de Maurício Camisotti são lícitas, possuem lastro, são comprovadas documentalmente e foram devidamente declaradas aos órgãos competentes, como exige a legislação brasileira”.

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