Portal Estado do Acre Notícias

CNJ: relator vota por aposentadoria compulsória de juiz Marcelo Bretas

cnj:-relator-vota-por-aposentadoria-compulsoria-de-juiz-marcelo-bretas

CNJ: relator vota por aposentadoria compulsória de juiz Marcelo Bretas

O conselheiro José Rotondano, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), votou nesta terça-feira (3/6) pela aposentadoria compulsória do juiz federal Marcelo Bretas, ex-titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e responsável pelos processos da Operação Lava Jato no estado. A decisão foi baseada em três processos administrativos disciplinares que investigam a conduta do magistrado.

O conselheiro, que é relator dos processos, defendeu a aplicação da pena máxima administrativa, alegando que as acusações contra Bretas comprometem a integridade do Judiciário. Entre as denúncias, destaca-se a de que o juiz teria mantido relações impróprias com procuradores e advogados para direcionar processos e combinar sentenças.

“Estou propondo à Corte que se julgue parcialmente procedente as imputações trazidas contra o magistrado e aplicar-lhe a pena de aposentadoria compulsória”, pontuou Rotondano no início da sessão.

Agora, os demais conselheiros iniciarão a votação, que definirá se acompanharão o entendimento do relator José Rotondano ou se apresentarão divergência.

Lava-Jato

Marcelo Bretas está afastado de suas funções desde fevereiro de 2023, quando as investigações sobre sua atuação na Lava Jato ganharam força. Em 2021, o advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho acusou o magistrado de negociar penas e orientar advogados, apresentando gravações como supostas provas.

A aposentadoria compulsória é a penalidade administrativa mais severa aplicada a magistrados no Brasil, resultando na perda do cargo, mas mantendo o direito a proventos proporcionais ao tempo de serviço. A decisão do CNJ busca reforçar o compromisso do órgão em zelar pela ética e pela legalidade no Judiciário.

Sair da versão mobile