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    “Coisa de moleque de rua”, diz Haddad após bate-boca com Nikolas

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    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a rebater críticas da oposição sobre a condução da política econômica e fiscal do país. Ele defendeu, nesta quinta-feira (12/6), o conjunto de medidas para compensar o recuo do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), afirmou que o governo federal precisa “deixar a ideologia à parte” no momento das discussões.

    A reação de Haddad ocorre um dia após o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) protagonizar um embate com o ministro em reunião na Câmara dos Deputados e, logo em seguida, abandonar a reunião.

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    Na declaração de hoje, Haddad afirmou que acredita que “não vai faltar apoio” à medida provisória. Ele considerou “desleal” os ataques da oposição no Congresso Nacional, e afirmou estar aberto ao diálogo com os líderes e bancadas.

    “Eu estou sempre disposto ao debate. Mas, se xingar e sair correndo não dá. [Isso] É coisa de rua, de moleque de rua. Eu estou discutindo no Congresso Nacional. Estou 100% disponível para visitar os presidentes, os líderes, as bancadas. Quantas horas precisar”, disse o ministro a jornalistas.

    Discussão no Congresso

    O bate-boca entre Haddad e Nikolas Ferreira ocorrer nessa quarta-feira (11/6), quando o ministro foi convidado para falar sobre a economia brasileira.

    O parlamentar criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o que chamou de “clima de risadas” entre deputados e o ministro da Fazenda. Para Nikolas, “pessoas comuns estão sendo destruídas”, porque a gestão do petista “não tem nenhum tipo de responsabilidade fiscal”.

    “Gostaria de estar no mesmo clima que vocês, de risadas. Enfim, parece que o Brasil virou uma grande piada. Porque parece que está tudo bem, parece que o senhor [Haddad] é ministro da Suíça. Parece que, de fato, pintam um Brasil que não existe”, disse Nikolas.

    Outro deputado que criticou a condução da política fiscal do governo federal foi Carlos Jordy (PL-RJ). Na fala, o parlamentar disse que o governo Lula (PT) “está morto” e que, no momento, “só falta ser enterrado”.

    Após as declarações, ambos os deputados deixaram a reunião.