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Decisão de Motta de votar IOF pega governo e até oposição de surpresa

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Decisão de Motta de votar IOF pega governo e até oposição de surpresa

A decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de votar a derrubada do decreto do IOF nesta quarta-feira (25/6) pegou de surpresa integrantes do Palácio do Planalto, deputados governistas e até líderes da oposição na Casa.

A coluna ouviu lideranças de diversos partidos e da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), ministério palaciano responsável pela interlocução entre o governo e Congresso. Nenhum deles, porém, diz ter sido avisado previamente da decisão de Motta de pautar o tema.

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Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), participa de reunião com líderes partidários

Hugo Barreto/Metrópoles
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Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB)

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Reunião de líderes na Câmara dos Deputados

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“Para mim, não (houve aviso). Nós pedimos para pautar no mesmo dia”, disse à coluna o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), na manhã desta quarta-feira.

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Na última reunião de líderes em que discutiu o assunto, Motta havia dado 15 dias para que o governo procurasse os deputados e apresentasse uma alternativa ao aumento das alíquotas do IOF e de algumas modalidades de investimento.

No Planalto, a avaliação é de que Motta pode ter pautado a derrubada do IOF em reação à entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à TV Record, na qual ele criticou a proposta de aumentar o número de deputados federais.

Procurado pela coluna, Motta não respondeu. Em grupos de WhatsApp  com deputados, o presidente da Camada disse que não haveria problema em pautar a derrubada, uma vez que o texto “é conhecido” há semanas e, assim, não pegaria ninguém de surpresa.

No Centrão, o entendimento é de que a decisão de Motta representa um rompimento de um acordo como há tempos não se via. “Motta mostrou ao governo por que é afilhado do Eduardo Cunha”, disse à coluna, em reservado, um líder da Casa.

Haddad se pronuncia

À coluna, Haddad disse que a relação entre sua declaração na entrevista à TV Record e a decisão de Motta “não faz sentido”. “Falei que não devíamos contratar novos gastos com a Selic a 15% (ao ano). Nenhum”, disse o ministro.

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