A defesa do general Braga Netto pediu ao Supremo uma acareação entre ele e o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Em delação premiada, Mauro Cid afirmou ter participado de uma reunião com o general para discutir o chamado plano “Punhal Verde e Amarelo”. Também declarou que Braga Neto lhe entregou dinheiro para ser repassado ao major De Oliveira, com o objetivo de financiar as operações do plano.
Bolsonaro e Mauro Cid
A defesa do general alega que o delator não apresentou provas dessas duas acusações, que considera centrais na denúncia, e pondera que Mauro Cid mudou essa versão diversas vezes.
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“Sem a acareação, restaria a esta Defesa a produção de provas negativas — algo tão inadmissível quanto impor ao Requerente o ônus de fazer prova sobre as acusações feitas contra si”, afirma o advogado José Luis Oliveira Lima.
Braga Netto está preso desde dezembro por decisãodo Supremo. Ele é acusado deser um dos articuladores de um plano de golpe de Estado após o resultado da eleição presidencial de 2022 para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.