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    Deputada fala em greve de fome após STF decidir pela troca de 7 parlamentares

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    A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) disse que avalia iniciar uma greve de fome como protesto contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que muda o cálculo das eleições proporcionais, com efeito retroativo a 2022, o que representa a perda do mandato de sete atuais parlamentares.

    A parlamentar quer que a decisão seja submetida ao plenário da Câmara dos Deputados. Ela enviou um requerimento ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), nesse sentido.

    “[A greve de fome] poderá sim acontecer. Estarei convocando os demais deputados para serem solidários uns aos outros. Somos sete e, amanhã, poderão ser mais que terão as eleições modificadas a cada legislatura. O Brasil precisa saber o que estão fazendo”, declarou.

    “Lutei para ser candidata. Eu me submeti a uma lei vigente igual a todos e, agora, querem mudar tudo?”, questionou a parlamentar.

    Em junho do ano passado, a o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) determinou a cassação de Silvia Waiãpi em um outro processo, no qual a parlamentar foi acusada de usar verba pública de campanha para harmonização facial.

    Sobras eleitorais

    Em março deste ano, o STF decidiu aplicar mudança em regra do Código Eleitoral a partir de 2022. Com a decisão, por maioria, sete deputados federais podem perder seus cargos. Eles serão substituídos por outros nomes, aqueles que teriam direito às “sobras”.

    A Câmara recorreu argumentando que a decisão de aplicar o novo entendimento sobre a distribuição das sobras eleitorais ocorreu por meio de embargos de declaração, “sem fundamento jurídico novo e sem mudança no cenário normativo ou fático, configura violação não apenas ao instituto da coisa julgada”.

    O STF rejeitou o recurso, em julgamento concluído nessa terça-feira (24/6).

    Com a decisão do STF, saem os deputados:

    Professora Goreth (PDT-AP)
    Silvia Waiãpi (PL-AP)
    Sonize Barbosa (PL-AP)
    Dr. Pupio (MDB-AP)
    Gilvan Máximo (Republicanos-DF)
    Lebrão (União Brasil-RO)
    Lázaro Botelho (Progressistas-TO)

    E entram:

    Professora Marcivânia (PCdoB-AP)
    Paulo Lemos (PSol-AP)
    André Abdon (Progressistas-AP)
    Aline Gurgel (Republicanos-AP)
    Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
    Rafael Bento (Podemos-RO)
    Tiago Dimas (Podemos-TO)