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    Destaque da Forbes e jurada de reality: quem é a ex-sócia de Giovanna Antonelli

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    Destaque na lista da Forbes “Mulheres de Sucesso 2024” e jurada da versão brasileira do game show Shark Tank — série onde empreendedores apresentam ideias de negócios e são avaliados por empresários de sucesso. Carla Sarni é conhecida não só no mundo dos negócios, mas também no lucrativo universo das palestras motivacionais para quem quer ter prosperidade financeira.

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    Nos eventos, a fundadora e CEO do Grupo Salus fala sobre o início da empresa que, em 2024, reportou faturamento recorde de R$ 1 bilhão. A companhia afirma contar com 863 unidades de franquias, entre as marcas Sorridents — de clínicas odontológicas e que deu início à carreira de sucesso de Carla, que é dentista de formação, no mundo dos negócios — e Giolaser, que estampava a atriz Giovanna Antonelli como “dona” e garota-propaganda.

    Na lista da Forbes que estampa Carla Sarni também figuram nomes como o da empresária Tania Bulhões e da cantora Ivete Sangalo.

    A ex-sócia da atriz Giovanna Antonelli, assim como a atriz, é investigada em dois inquéritos do Ministério Público de São Paulo (MPSP) — um cível e outro criminal — por supostas condutas graves como propaganda enganosa, concorrência desleal e pirâmide financeira. A atriz deixou a sociedade logo após a primeira denúncia ter sido aceita, no fim de 2024.

    8 imagensGiovanna AntonelliGiovanna Antonelli como Paula de Quanto Mais Vida, Melhor!Empresa de depilação causa sufoco para Giovanna Antonelli na JustiçaGiovanna AntonelliFechar modal.1 de 8

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    Giovanna Antonelli

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    Giovanna Antonelli como Paula de Quanto Mais Vida, Melhor!

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    Giovanna Antonelli

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    Giovanna Antonelli

    O processo cível pede indenização de R$ 2,2 milhões e aponta a ocorrência de promessas enganosas e a inviabilidade de manter uma franquia da Giolaser aberta, sem acumular prejuízos por, entre outros fatores, cobranças não previstas no contrato e imposição de taxas.

    Já o inquérito criminal foi instaurado no último dia 3 de junho. A denúncia indica o cometimento dos crimes de concorrência desleal, propaganda enganosa, crime contra a economia popular, falsidade ideológica, por meio de adulteração de documentos contábeis, e pirâmide financeira. A representação criminal foi assinada por 46 franqueados e ex-franqueados do grupo.

    “É para pressionar, não é para conversar”

    Além das denúncias formais protocoladas no MPSP, franqueados de empresas do Grupo Salus relatam uma rotina de ofensas, ameaças e medo.

    “Só de ver meu celular tocar, eu tremo. Sei que vou ouvir gritos e ser ofendida”, diz uma das franqueadas ouvidas pela coluna. A autora das ofensas seria Carla Sarni, CEO do grupo Salus e ex-sócia de Giovanna Antonelli.

    Em um áudio obtido pelo Metrópoles, Carla xinga e grita com funcionários exigindo que eles pressionem os franqueados. A gravação foi feita durante uma reunião onde ela teria questionado os resultados financeiros das unidades do grupo.

    “Vai pra puta que pariu. Não é para falar com o cara, é para pressionar o cara. Isso tem uma diferença gigante. Eu bater papo com franqueado e eu pressionar o franqueado”, diz Carla na gravação.

    Ouça:

    Em outra reunião, desta vez com os franqueados, o assunto foi a saída de Giovanna Antonelli do grupo. “Recolheram todos os celulares na porta, ficaram em sacos plásticos. Lá dentro ela expôs conversas com a Giovanna, xingou, disse que ela tinha traído todos”, conta uma franqueada que estava presente no encontro.

    Em nota, o Grupo Salus afirma que a gravação “foi tirada de contexto”. ”Com mais de três décadas de atuação no mercado, o Grupo Salus construiu uma trajetória sólida, pautada no profissionalismo, na ética, na excelência operacional e no respeito inegociável aos seus franqueados, consumidores e parceiros”, diz o texto.

    A nota continua: “Ao longo desses mais de 30 anos, jamais tivemos nossa credibilidade colocada em xeque, ao contrário, conquistamos a confiança do mercado justamente pela consistência com que conduzimos nossos negócios”.

    “Nos últimos dias, um áudio tirado completamente de contexto tem sido amplificado como se refletisse a realidade da nossa operação. Lamentamos que inverdades e distorções estejam sendo divulgadas com o objetivo claro de gerar ruído e instabilidade. A verdade precisa ser dita: o advogado que se apresenta como porta-voz de um grupo expressivo de franqueados representa, na prática, um único cliente, um grupo específico que faz parte da rede há 18 anos, que obteve ganhos milionários ao longo desse período, e que está se desligando da rede por não cumprir obrigações contratuais, como o pagamento de taxas devidas, apesar de plenamente capaz de fazê-lo”, afirma

    “A tentativa de criar uma narrativa de “exploração” ou de “esquema piramidal” é revanchista e infundada. É importante que fique claro: esse grupo, agora escondido sob o manto do anonimato, evita se apresentar publicamente porque sabe que, diante da exposição completa dos fatos, não há espaço para distorções, apenas para a verdade.”

    Por fim, a nota diz: “Seguimos confiantes e firmes no nosso propósito, com uma rede composta majoritariamente por franqueados e líderes comprometidos, que compartilham dos nossos valores e do compromisso com o crescimento sustentável e transparente.”

    A equipe jurídica da atriz afirmou, também por meio de nota, que “Giovanna Antonelli está sendo vítima de litigância predatória (uma maneira de usar a Justiça de forma mal-intencionada para lucrar ou manipular situações), criada com fundamentos falsos e utilizando seu nome para dar importância e visibilidade a questões que envolvem apenas relações contratuais entre franqueadora e franqueados, não havendo qualquer conduta ou participação da atriz nos contratos de franquia”.

    “A verdade é que os autores dessa incabível demanda estão a aproveitar da imagem da atriz para atribuir notoriedade à causa, o que fazem como uma clara estratégia para iludir e confundir”, continua o texto.

    “Giovanna cedeu sua imagem e deteve participação minoritária no negócio da franqueadora, e nunca exerceu a gerência dos negócios empresariais.”

    “A única responsável por contratos de franquia é a empresa que gerencia o negócio franqueado, o grupo Salus. Assim, qualquer lesão entre a empresa franqueada e a empresa franqueadora, se realmente existiu, deve ser apurada entre empresas responsáveis que realizaram os negócios empresariais”, encerra a nota.