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Dieta do tipo sanguíneo é mito ou ajuda na alimentação personalizada?

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Dieta do tipo sanguíneo é mito ou ajuda na alimentação personalizada?

A ideia de que o tipo sanguíneo pode determinar quais alimentos são mais benéficos para cada pessoa ganhou popularidade com a chamada “dieta do tipo sanguíneo”, proposta pela naturopatia nos anos 1990. Segundo essa linha, cada grupo – A, B, AB e O – teria necessidades nutricionais específicas, herdadas dos hábitos alimentares dos ancestrais.

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De acordo com a teoria, pessoas do tipo O, consideradas os “caçadores”, teriam melhor digestão de carnes e proteínas animais, enquanto o tipo A, associado a agricultores, se daria melhor com dietas vegetarianas.

Já o tipo B, classificado como “nômade”, poderia tolerar laticínios, e o AB, mistura dos tipos A e B, exigiria uma alimentação mais equilibrada entre os dois extremos.

Apesar do apelo da proposta, não há evidências científicas robustas que comprovem que o tipo sanguíneo de fato determina o metabolismo dos alimentos ou as necessidades nutricionais. Diversos estudos já tentaram encontrar relação entre os grupos sanguíneos e respostas a dietas específicas, mas os resultados foram, em sua maioria, inconclusivos ou sem apoio em larga escala.

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No entanto, a busca por dietas personalizadas segue em alta, e a ideia de individualizar a alimentação com base em características genéticas ou fisiológicas ainda é um campo de estudo promissor dentro da nutrigenômica – área que analisa como os genes influenciam a resposta do organismo aos alimentos.

Enquanto a ciência não confirma a teoria da dieta do tipo sanguíneo, uma recomendação que nunca sai de moda é focar em uma alimentação equilibrada, rica em vegetais, grãos integrais e proteínas de qualidade, sempre considerando fatores como histórico familiar, doenças pré-existentes e estilo de vida.

A dieta baseada no tipo sanguíneo pode parecer interessante, mas por enquanto, segue no campo das hipóteses. Procurar orientação profissional e adotar hábitos alimentares saudáveis continua sendo a melhor escolha, independentemente do que diz a tipagem sanguínea.

(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida

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