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Direita supera esquerda em tempo de TV na corrida presidencial

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Direita supera esquerda em tempo de TV na corrida presidencial

O casamento entre o União Brasil e o PP deu ao grupo um ativo valioso para a eleição presidencial: tempo de TV.

Segundo cálculos de especialistas em direito eleitoral, elaborados a pedido da coluna, o bloco terá 2 minutos e 19 segundos a oferecer ao seu candidato ao Palácio do Planalto em 2o26.

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Além disso, contará com seis inserções diárias de 30 segundos cada — aquelas que entram na programação das TVs e rádios tão rapidamente que não dá tempo de o telespectador trocar de canal.

O bloco só não terá mais tempo do que o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. A sigla terá 2 minutos e 10 segundos na disputa presidencial, segundo a projeção, e, sozinha, seis inserções de 30 segundos por dia.

Isso significa que a direita terá 5 minutos e 48 segundos do tempo total na eleição presidencial. Os programas são exibidos às terças, quintas e sábados. As inserções são diárias.

O bloco que elegeu o presidente Lula (PT, PCdoB e PV) não chega perto disso. Terá 1 minuto e 46 segundos de programa partidário, além de cinco inserções de 30 segundos por dia.

A federação União-PP exige que os dois partidos atuem juntos nas eleições. A aliança tirou do PT a chance de ter o União em seu palanque, uma vez que o PP é seu maior opositor, ou neutro na disputa presidencial.

O casamento foi articulado pelos presidentes do União, Antonio Rueda, e do PP, senador Ciro Nogueira (PI) — os dois homens que hoje dão as cartas na política em Brasília.

União Brasil de Antônio de Rueda e PP de Ciro Nogueira devem formar federação para 2026

O partido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), indicou três ministros de Lula (Comunicações, Turismo e Integração) e centenas de cargos. O que, no entanto, não garantiu a Lula o apoio nem no Congresso, nem à sua reeleição.

Tempo de TV mostra musculatura da direita

O arranjo dos partidos de direita garante ainda outra vantagem ao seu escolhido para o Planalto.

“Eles terão um exército de candidatos a deputado federal que carregam, nas suas campanhas, o nome do candidato à Presidência”, observa Ricardo Porto, especialista em direito eleitoral.

O Centrão tem como foco justamente as eleições legislativas. E investe nisso.

A explicação: quem elege mais deputados tem o maior volume de recursos do fundo partidário e eleitoral. União e PP, por exemplo, somam R$ 1 bilhão — o maior valor entre todas as siglas para as eleições de 2026.

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