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    Em Paris, Lula critica ONU e chama guerra em Gaza de genocídio

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    Paris — Em declaração à imprensa ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, nesta quinta-feira (5/6) em Paris, o presidente Lula criticou o que chamou de “enfraquecimento” do Conselho de Segurança da ONU.

    Lula disse lamentar que a Organização das Nações Unidas tenha completado 80 anos padecendo de um “grave déficit de legitimidade e eficácia” e que esteja “enfraquecida”. Segundo ele, as guerras em andamento pelo mundo demonstram isso.

    4 imagensLula e Macron na FrançaLula e Macron durante visita do presidente francês ao RioLula e o presidente francês Emmanuel MacronFechar modal.1 de 4

    Lula e Macron em visita de Lula a Paris

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    Lula e Macron na França

    Milena Teixeira/Metrópoles3 de 4

    Lula e Macron durante visita do presidente francês ao Rio

    Ricardo Stuckert/PR4 de 4

    Lula e o presidente francês Emmanuel Macron

    Ricardo Stuckert / PR

    “As Nações Unidas completam 80 anos padecendo de grave déficit de legitimidade e eficácia. As guerras da Ucrânia, em Gaza, a situação no Haiti e tantas outras crises esquecidas demonstram que a reforma do Conselho de Segurança da ONU é inadiável”, disse Lula.

    O presidente brasileiro ainda defendeu o que chamou de “reforma” do Conselho de Segurança, ao comentar a recente escalada no conflito entre Ucrânia e Rússia e a resistência do presidente russo, Vladimir Putin, em aceitar um acordo de paz.

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    “Lamentavelmente, a ONU está enfraquecida politicamente. E a ONU tem pouco poder de dar opinião sobre a guerra — não apenas essa (entre Ucrânia e Rússia), mas qualquer outra guerra que aconteça no mundo — e isso é lamentável. É por isso que o Brasil tem brigado há muitos anos pelo fortalecimento da representação do Conselho de Segurança da ONU”, declarou o petista.

    Lula defende a Palestina

    Além do conflito em território europeu, Lula voltou a cobrar uma posição mundial diante do que chamou de “genocídio” do povo palestino na Faixa de Gaza, durante o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

    Lula lembrou da defesa que o presidente da França, Emmanuel Macron, fez do reconhecimento da Palestina como Estado soberano, como “um dever moral”, e cobrou responsabilidade dos governantes pelas mortes em Gaza.

    “É importante que as potências mundiais deem logo um basta nisso. Não pode a ONU ficar dizendo que quer um cessar-fogo e não se respeitar um cessar-fogo. Estamos vendo um genocídio na nossa cara todo dia. Ontem, acho que morreram 95 pessoas, todos inocentes e todos civis. Não tinha nenhum chefe do Hamas”, afirmou Lula.