O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu nesta segunda-feira (23/6) que os países envolvidos no conflito do Oriente Médio “exerçam máxima contenção” e retomem negociações, após o ataque do Irã contra base americana no Catar. Em uma publicação nas redes sociais, o líder francês disse que “essa espiral de caos precisa acabar”.
“Expresso a solidariedade da França ao Catar, que foi atingido pelo Irã em seu território. Estou em contato com as autoridades do país e nossos parceiros na região. Apelo a todas as partes para que exerçam a máxima contenção, reduzam a tensão e retornem à mesa de negociações. Esta espiral de caos precisa acabar”, escreveu Macron.
Nesta segunda, o Catar informou ter interceptado mísseis iranianos que tinham como alvo a base Al Udeid, a maior instalação militar dos Estados Unidos no Oriente Médio. De acordo com os governos de Catar e Estados Unidos, o ataque não causou mortes ou danos.
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O que está acontecendo
- Tendo como alvo a sede da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC), Israel voltou a lançar ataques aéreos contra o país, nesta segunda-feira (23/6), com “intensidade sem precedentes” ao “coração de Teerã”, capital do Irã.
- Segundo o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, entre os alvos estavam o quartel-general de Basij, a Prisão de Evin, “para presos políticos e opositores do regime”, o relógio da Destruição de Israel, localizado na Praça Palestina, e o quartel-general de segurança interna da Guarda Revolucionária.
- O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã realiza, nesta segunda-feira (23/6), a 21ª operação com mísseis desde o início do conflito com Israel, no último dia 13 de junho. A ação adota uma nova tática ao lançar um ataque combinado de mísseis e drones contra múltiplos alvos em outras regiões de Israel.
- De acordo com um comunicado oficial do IRGC, foram usados mísseis de propulsão sólida e líquida, além de drones suicidas, para atingir áreas estratégicas espalhadas de norte ao sul do território israelense.
- No último sábado (21/6), os Estados Unidos entraram oficialmente na guerra, após bombardear três instalações nucleares do Irã.
Após a ofensiva, Catar, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes e Bahrein determinaram o fechamento do tráfego aéreo como medida de precaução.