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EUA: homem acorda enquanto médicos o preparavam para doação de órgãos

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EUA: homem acorda enquanto médicos o preparavam para doação de órgãos

Anthony Thomas Hoover II tinha 33 anos em 2021, quando sofreu uma overdose. Ao despertar do efeito das substâncias, porém, parecia que o pesadelo continuava: ele acordou em uma maca de hospital enquanto médicos se preparavam para fazer um procedimento de doação de órgãos.

Ele começou a se agitar e olhar ao redor após a retirada do suporte de vida. Os médicos o sedaram novamente e só então interromperam o procedimento do transplante. Hoover, hoje com 36 anos, sobreviveu com sequelas neurológicas e não foi possível determinar se elas são fruto da cirurgia ou da overdorse, mas ele não é mais capaz de falar e se move com dificuldade.

Quem não pode doar órgãos?

  1. Rim, 75 anos.
  2. Fígado, 70 anos.
  3. Válvulas cardíacas, 65 anos.
  4. Pele e ossos, 65 anos.
  5. Coração, 55 anos.
  6. Pulmão, 55 anos.
  7. Pâncreas, 50 anos.
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Consequências até hoje

O caso ocorreu no estado do Kentucky, nos Estados Unidos, e levou a uma investigação federal que colocou em suspeita as declarações de mortes cerebrais em usuários de drogas, que podem estar sendo aceleradas para diminuir filas de transplantes.

A irmã de TJ Hoover, como ele é conhecido, comemorou a investigação da Health Resources and Services Administration (HRSA).

“É uma pequena vitória! O governo federal determinou que houve conduta ruim dos médicos no caso de TJ! Temos que mudar este sistema. Eles queriam fazer o procedimento de qualquer forma”, disse LaDonna Hoover no Facebook.

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TJ teve sua morte cerebral declarada enquanto estava vivo e foi levado direto para a sala de transplantes

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A irmã LaDonna hoje em dia é a principal cuidadora de TJ

Reprodução/Facebook/LaDonna Hoover3 de 3

TJ ficou com sequelas neurológicas que a família não sabe afirmar se são fruto do procedimento de doação de órgãos ou da overdose

Reprodução/Facebook/LaDonna Hoover

Falhas no sistema de doação de órgãos

Filmagens dos preparativos para a retirada dos órgãos de TJ mostram que ele chorou, moveu as pernas e balançou a cabeça durante os preparativos, que ainda assim não foi interrompido até que ele despertasse totalmente.

O relatório da HRSA indica evidências de que nos últimos quatro anos, pelo menos em 73 casos, pacientes apresentavam melhora neurológica depois de terem a morte cerebral decretada, mas os planos de doação não foram interrompidos. Alguns demonstraram dor ou angústia durante os preparativos. A maioria morreu horas depois, mas outros sobreviveram e deixaram o hospital.

O foco da investigação foi a “doação após morte circulatória”, comum em pacientes com alguma função cerebral, mas sem expectativa de recuperação. Eles são mantidos em suporte de vida até a retirada de órgãos, que só ocorre se o coração parar dentro de uma ou duas horas.

A investigação revelou falhas graves, como ignorar efeitos de sedativos ou de drogas que mascaram o estado real dos pacientes. A avaliação do caso agora deve seguir na justiça americana.

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