Em coletiva nesta quinta-feira (26/6), no Pentágono, o Chefe do Estado-Maior Conjunto, Tenente-General Dan Caine, apresentou um vídeo mostrando como funcionam as bombas destruidoras de bunkers, usadas pela primeira vez nos ataques dos Estados Unidos contra o Irã.
Veja:
“O principal mecanismo de destruição no espaço da missão foi uma combinação de sobrepressão e explosão que rasgou os túneis abertos e destruiu equipamentos críticos”, afirmou Caine na coletiva.
Nas imagens, é possível ver o míssil penetrando na terra e, em seguida, explodindo. As cenas não são, porém, do ataque às instalações do Irã, mas um teste com a super bomba.
Durante a coletiva, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, reafirmou que as instalações nucleares iranianas foram “severamente danificadas” e “efetivamente destruídas” pelos ataques norte-americanos durante o conflito entre Israel e Irã.
Caine explicou que a bomba, chamada Massive Ordnance Penetrator (MOP), atinge os alvos e provoca uma grande bola de fogo. A bomba pesa quase 14 toneladas e só há um tipo de avião de combate preparado para lança-las, o B-2, que é excusivo da Força Aérea dos EUA.
“A maior parte dos danos que avaliamos, com base em nossos modelos extensivos, foi uma camada de explosão combinada com o impulso proveniente do choque”, relatou o tenente.
O que está acontecendo
- Avaliações preliminares da inteligência dos Estados Unidos (EUA) contradizem as afirmações do presidente Donald Trump de que os ataques americanos ao Irã “obliteraram completamente” as instalações nucleares do país. As informações foram obtidas pelo The New York Times e pela CNN dos EUA.
- Nessa segunda-feira (23/6), Trump comemorou a precisão dos ataques norte-americanos a três instalações nuclerares iranianas, ocorridos na noite de sábado (21/6).
- A Casa Branca publicou uma nota negando as supostas contradições sobre o programa nuclear e alegando que “as instalações nucleares do Irã foram destruídas — e as sugestões em contrário são notícias falsas”.
Ao todo, 14 bombas MOP foram lançadas contra as áreas do Irã.
Hegseth, repetindo o presidente Donald Trump, mais uma vez, responabilizou a imprensa pelas discordâncias entre destruição ou não das instalaçãoes nucleares iranianas, uma vez que o jornal The New York Times e a CNN dos EUA obtiveram supostos relatórios que desmentiam a destruição.
“Eu quero destacar que vocês — e me refiro especificamente a vocês da imprensa, ao corpo de imprensa — torcem contra Trump com tanta força, que isso está no DNA de vocês, no sangue de vocês. Pegam meias verdades, informações distorcidas, vazamentos — e as giram, giram de todas as formas possíveis — para tentar gerar dúvida e manipular a opinião pública sobre se nossos pilotos corajosos tiveram sucesso ou não”, ressaltou o secretário de Defesa.