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    EUA: Trump pensa em restringir a entrada de cidadãos de mais 36 países

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    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja adicionar os cidadãos de mais 36 países na lista de proibidos de entrar no território norte-americano.

    A intenção do republicano foi revelada por um memorando interno do Departamento de Estado obtido pela Reuters. Segundo a reportagem, o documento, que foi assinado pelo Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, detalha uma preocupação sobre os países da lista de restrições e pede medidas corretivas:

    “O departamento identificou 36 países que podem ser recomendados para suspensão total ou parcial de entrada, caso não atendam aos critérios e requisitos estabelecidos dentro de 60 dias”, aponta o memorando enviado durante este fim de semana.

    Ainda de acordo com o documento, os países que podem ser adicionados à lista são: Angola, Antígua e Barbuda, Benin, Butão, Burkina Faso, Cabo Verde, Camboja, Camarões, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Djibuti, Dominica, Etiópia, Egito, Gabão, Gâmbia, Gana, Quirguistão, Libéria, Maláui, Mauritânia, Níger, Nigéria, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Tomé e Príncipe, Senegal, Sudão do Sul, Síria, Tanzânia, Tonga, Tuvalu, Uganda, Vanuatu, Zâmbia e Zimbábue.

    O memorando aponta que o Departamento de Estado alegou uma preocupação em relação a falta de um governo cooperativo em alguns dos países mencionados para produzir documentos de identidade confiáveis. Outro ponto de alerta seria a “segurança questionável” do passaporte gerado por estes países.

    7 imagensDonald Trump, presidente dos Estados UnidosDonald TrumpColetiva de Donald Trump e Elon Musk na Casa BrancaPresidente dos Estados Unidos, Donald TrumpFechar modal.1 de 7

    FORT BRAGG, NORTH CAROLINA – JUNE 10: U.S. President Donald Trump takes the stage during a rally with U.S. Army troops on June 10, 2025 at Fort Bragg, North Carolina. Trump is traveling to Fort Bragg Army base to observe a military demonstration and give remarks in honor of the U.S. Army’s 250th anniversary. (Photo by Anna Moneymaker/Getty Images)

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    Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

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    Donald Trump

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    Coletiva de Donald Trump e Elon Musk na Casa Branca

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    Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

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    via Getty Images

    Além disso, o documento diz que alguns destes países não estão ajudando na remoção dos próprios cidadãos dos EUA quando solicitado. Outros estariam permitindo que os compatriotas fiquem tempo demais em território estadunidense com vistos americanos.

    Por fim, o memorando ainda levanta um possível envolvimento de cidadãos destas nações em atos de terrorismo nos EUA ou atividades antissemitas e antiamericanas.

    Banimento anterior

    • Anteriormente, no início deste mês, Donald Trump já havia assinado um documento que bania a entrada dos cidadãos de 12 países nos Estados Unidos.
    • Além disso, a decisão restringia a entrada de cidadãos de outros sete países.
    • Na ocasião, o republicano afirmou que o movimento foi necessário para proteger os estadunidenses contra “terroristas estrangeiros” e outras ameaças à segurança nacional.
    • A medida faz parte da política contra a imigração de Trump, que incluiu a deportação de centenas de venezuelanos, suspeitos de serem membros de gangue, para El Salvador.

    Veja os países que já sofrem as restrições:

    Proibição total de entrada:

    • Afeganistão
    • Chade
    • Congo
    • Eritreia
    • Guiné Equatorial
    • Haiti
    • Irã
    • Iêmen
      Líbia
    • Mianmar
    • Somália
    • Sudão

    Restrições parciais:

    • Burundi
    • Cuba
    • Laos
    • Serra Leoa
    • Togo
    • Turcomenistão
    • Venezuela

    Quem está isento

    As novas exigências valem para cidadãos desses países que estejam fora dos EUA no dia em que a medida começar a valer e que não tenham visto válido naquela data.

    A Casa Branca esclareceu que há exceções. Pessoas envolvidas em grandes eventos esportivos internacionais, como atletas, técnicos e familiares próximos, estão liberadas das restrições. Isso inclui, por exemplo, competidores em Jogos Olímpicos ou Copas do Mundo.

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    A medida poderá ser revisada conforme os países afetados forem adotando melhorias em seus sistemas de controle. O governo americano afirma que continuará monitorando a situação e poderá ajustar as regras conforme necessário.