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Farra do INSS: Moro reage a menção a seu nome em pedido da PF ao STF

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Farra do INSS: Moro reage a menção a seu nome em pedido da PF ao STF

O senador Sérgio Moro (União) reagiu à menção ao seu nome no pedido da Polícia Federal (PF) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli para que as investigações sobre a farra dos descontos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sejam compartilhadas com a Corte.

O pedido foi feito porque os nomes de Moro, ex-ministro da Justiça da gestão Jair Bolsonaro (PL), assim como os de Onyx Lorenzoni (PP-RS), titular da Previdência na mesma gestão, e do deputado federal Fausto Pinato (PP) foram citados nas investigações envolvendo o escândalo dos descontos indevidos sobre aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), revelado pelo Metrópoles.

Após receber o ofício da PF, o ministro Dias Toffoli solicitou o compartilhamento de uma série de inquéritos ligados à Operação Sem Desconto.

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O senador Sergio Moro durante sessão do Senado Federal

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Senador Sérgio Moro

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Moro afirma que menção ao seu nome pela PF é tentativa “tosca” de desviar atenção da responsabilidade do governo Lula sobre a farra do INSS

Igo Estrela/Metrópoles5 de 6

O ministro do STF Dias Toffoli

Andressa Anholete/SCO/STF6 de 6

Advogado Ricardo Tacla Duran

Reprodução

O que diz Moro

Já Onyx e Fausto Pinato, também citados, tiveram alguma transação financeira ou conexão comercial com Felipe Macedo Gomes, que presidiu a Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), uma das entidades envolvidas no esquema bilionário que descontava mensalidades direto do contracheque do INSS sem o consentimento dos aposentados.

Como o Metrópoles mostrou, Macedo doou R$ 60 mil a Onyx Lorenzoni na eleição ao governo do Rio Grande do Sul, em 2022. A doação é mencionada na Operação Sem Desconto. A entidade já faturou mais de R$ 320 milhões desde que firmou seu acordo com o INSS para efetuar descontos, em 2022. As tratativas começaram quando Onyx era ministro da Previdência.

Onyx afirma que não conhece Macedo, mas diz que todas as doações à sua campanha foram “dentro da lei e fiscalizadas pela Justiça Eleitoral”. “Eu tenho relação zero com essa pessoa”, disse.

Não há menção sobre o contexto em que o nome de Fausto Pinato aparece no inquérito. Ao Metrópoles, ele disse que Felipe Macedo Gomes alugava uma sala comercial, onde atualmente funciona seu escritório político, em Alphaville, Barueri, na Grande São Paulo. Segundo o deputado, as pessoas ligadas a Amar Brasil saíram do imóvel em agosto de 2023 e um assessor parlamentar alugou o escritório em 2024.

O pedido a Toffoli

Rafael Dantas é o delegado federal responsável por um inquérito relatado por Dias Toffoli que apura denúncias feitas por Rodrigo Tacla Duran, advogado que foi investigado na Lava Jato, contra o ex-juiz Sergio Moro e pessoas ligadas a ele.

Foi com base em um depoimento de Tacla Duran que o delegado traçou uma ligação com os desvios no INSS, pediu manifestação de um delegado da operação Sem Desconto e, a partir disso, solicitou a Dias Toffoli a reunião de todos os inquéritos da farra do INSS no STF. Apesar do pedido, Dantas não integra o grupo de investigadores responsável pela investigação do escândalo dos descontos.

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O delegado menciona que, em um de seus depoimentos, Tacla Duran, ex-advogado da Odebrecht, acusa um amigo de Moro de vender influência em uma reunião datada de 2018, quando o então juiz estava cotado para ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, em tratativas sobre contribuições associativas sindicais.

Antes de enviar o pedido a Toffoli, Dantas pediu à PF em São Paulo para que se manifestasse sobre menções a políticos em meio às investigações. A resposta foi de que os nomes de Onyx Lorenzoni e do deputado Fausto Pinato apareceram nas investigações.

Escândalo do INSS

 

 

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