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    “Força, união e disposição para lutar”, diz servidor em ato no Buriti

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    Servidores públicos se reuniram na tarde desta segunda-feira (23), na Praça do Buriti, em Brasília, em um ato por reajuste salarial e reestruturação das carreiras. A manifestação, que contou com trio elétrico, faixas, bandeiras e falas em palanque, foi organizada por professores da rede pública, mas contou, também, com a participação de enfermeiros e outros profissionais do serviço público distrital.

    “Essa foi uma resposta unificada dos servidores públicos diante das dificuldades enfrentadas em suas carreiras. A mobilização demonstra força, união e disposição para seguir na luta por valorização”, afirmou Rodrigo Rodrigues, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF).

    Segundo ele, a manifestação reuniu representantes de diversas categorias que têm enfrentado problemas semelhantes em relação a condições de trabalho e diálogo com a gestão pública.

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    Professores da rede publica se reuniram em protesto na Praça do Buriti

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    Professores da rede publica se reuniram em protesto na Praça do Buriti

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    Também presente no ato, Jorge Henrique, 38 anos, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, reforçou o pedido por melhorias na saúde pública da capital federal. “Hoje, enfrentamos déficit de profissionais, sobrecarga e adoecimento. Esta é uma manifestação por nomeações, valorização e estrutura. É um alerta, um pedido de atenção”, afirmou.

    Entre as principais pautas dos professores estão a recomposição salarial de 19,8% e mudanças no plano de carreira. O Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) reivindica, entre outros pontos, a redução no tempo necessário para atingir o topo da carreira e valorização maior para educadores com titulação.

    Henrique Clementino, 31 anos, professor de Ciências Naturais no CEF 02 do Paranoá, reforçou essas demandas e destacou dificuldades do cotidiano escolar. “Hoje, o plano tem 25 níveis. Leva 25 anos para chegar ao final. Isso precisa ser encurtado. Também pedimos valorização maior para quem tem titulação”, afirmou. Ele ainda citou a necessidade de mais contratações e investimentos na estrutura das escolas: “Comecei o ano letivo com 40 alunos em sala, quando o ideal seriam 25. E a maioria dos colegas é temporária, o que compromete a continuidade do trabalho pedagógico.”

    Reunião com o governador

    O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que a negociação com os professores foi aberta, nesta segunda-feira (23/6), e o GDF fez uma proposta para pôr fim à paralisação que dura 21 dias.

    “Tivemos duas reuniões nesta segunda-feira, coordenadas por mim: uma com a minha presença e outra com a participação de secretários. Fiz a minha parte, abri a negociação com o que pode ser feito de verdade e está dentro da realidade. Dependemos, agora, das assembleias regionais que serão realizadas amanhã e da assembleia-geral, na quarta-feira (25/6), nas quais a proposta será levada à categoria”, afirmou Ibaneis.

    O governador reuniu-se com o deputado distrital Chico Vigilante (PT), nesta segunda-feira. Em seguida, secretários do governo conversaram com representantes dos professores sobre as reivindicações da categoria.