Se você está com frio, seu gato também pode estar. A médica veterinária Giovana Mazzotti, especializada em felinos, explica que, apesar da pelagem funcionar como um casaco natural, os gatos também sentem as baixas temperaturas — e demonstram isso por meio do comportamento.
Leia também
-
Gatos protegem outros felinos “amigos” e não “parentes”; entenda
-
Além da ração: confira quais alimentos fazem bem à saúde dos gatos
-
Por que os gatos vivem mais que cães? Ciência aponta duas razões-chave
-
Risco alto: por que gatos não devem comer baratas, lagartixas ou ratos
“Eles costumam dormir enroladinhos, em formato de rosquinha, cobrindo com a cauda o rosto e as patas, que são as áreas que esfriam primeiro”, explica a médica veterinária.
Durante o inverno, os bichanos também buscam locais quentes, como gavetas, armários e sofás. Um dos maiores perigos dessa busca por calor é o motor de carro, ainda quente após ser desligado.
“Eles sobem pelas rodas e se escondem ali. É muito comum, nessa época, casos de gatos com queimaduras graves por conta disso. A recomendação é sempre ligar o carro antes de sair e aguardar um pouco, para dar tempo de o animal sair se estiver embaixo”, alerta Giovana.
O frio também favorece o aparecimento de doenças respiratórias, especialmente a gripe felina, causada por um herpesvírus. Mesmo gatos que vivem sozinhos em apartamentos podem manifestar sintomas como espirros, coriza, secreção nos olhos ou até conjuntivite.
“Grande parte dos gatos já tem esse vírus no organismo e, com o frio, ele se manifesta. Em casos graves, pode até levar à morte”, reforça a veterinária. Se notar sintomas, o ideal é isolar o animal, manter a vacinação em dia e procurar orientação profissional.
4 imagens
Fechar modal.
1 de 4
Os gatos são bastante territorialistas
Getty Images2 de 4
As fitas chamam a atenção dos felinos
Getty Images3 de 4
Os bichanos podem viver em harmonia
Getty Images4 de 4
Oferecer brinquedos interativos deixam o pet entretido
Getty Images
Para deixar o ambiente mais confortável e seguro, a dica é apostar em toquinhas, mantas e até caixas de papelão com paninhos dentro. “Gato é simples. Ele escolhe onde se aquecer. O importante é oferecer opções. E, se possível, deixar o ambiente ventilado nos horários mais quentes do dia, mesmo no frio, para evitar acúmulo de vírus entre gatos que convivem juntos”, orienta Giovana.
Já os gatos sem pelo são os mais sensíveis: o ideal, nesses casos, segundo a veterinária, é disponibilizar um ambiente aquecido nos quais eles possam se aproximar e se afastar quando quiserem.