Portal Estado do Acre Notícias

Fuzileiros navais se mudam para Los Angeles após ordem de Trump

fuzileiros-navais-se-mudam-para-los-angeles-apos-ordem-de-trump

Fuzileiros navais se mudam para Los Angeles após ordem de Trump

Ao menos 200 fuzileiros navais se mudaram para Los Angeles, na Califórnia (EUA), e protegerão propriedades e pessoal federal, afirma o major-general Scott Sherman, comandante da Força-Tarefa 51, que supervisiona os 4 mil soldados mobilizados pelo presidente Donald Trump após uma semana intensa de protestos contra as batidas federais de imigração.

Os protestos, iniciados na última sexta-feira (6/6), resultaram em  confrontos com as forças de segurança. Houve episódios de violência e dezenas de pessoas foram detidas durante os atos. A resposta imediata da população, com atos em várias regiões da cidade, provocou a reação do presidente Donald Trump, que ordenou o envio da Guarda Nacional ao estado sem o consentimento ou aval do governador Gavin Newsom.

Na segunda-feira (9/6), o presidente ordenou que fuzileiros navais se juntassem a agentes da Guarda Nacional, na tentativa de conter protestos. Ao todo, 700 militares do Corpo de Fuzileiros Navais.

8 imagensFechar modal.1 de 8

Trump afirma que se não tivesse enviado tropas, LA “estaria queimando”

Reprodução2 de 8

Getty Images3 de 8

Manifestante chora ajoelhada no chão após confronto com a polícia no centro de Los Angeles, perto do Prédio Federal e do Centro de Detenção Metropolitano, devido às operações de imigração que assolam Los Angeles

Jason Armond / Los Angeles Times via Getty Images4 de 8

Guarda Nacional da Califórnia monta guarda enquanto manifestantes entram em confronto com a polícia no Centro de Detenção Metropolitano, no centro de Los Angeles

Jason Armond / Los Angeles Times via Getty Images5 de 8

Manifestantes entram em confronto com a polícia no centro de Los Angeles, perto do Prédio Federal e do Centro de Detenção Metropolitano, devido às operações de imigração que assolam Los Angeles

Jason Armond / Los Angeles Times via Getty Images6 de 8

Manifestantes fecham a rodovia 101 enquanto entram em confronto com a polícia no centro de Los Angeles devido às operações de imigração em Los Angeles, no domingo, 8 de junho de 2025

Jason Armond / Los Angeles Times via Getty Images7 de 8

Policiais de Los Angeles disparam gás lacrimogêneo enquanto avançam sobre manifestantes que formaram uma barricada improvisada no centro da cidade durante um protesto contra batidas de imigração em 8 de junho de 2025 em Los Angeles, Califórnia

Gina Ferazzi / Los Angeles Times via Getty Images8 de 8

Participantes do protesto seguram cartazes anti-ICE e uma bandeira mexicana durante confrontos entre a polícia e manifestantes em 8 de junho de 2025 no centro de Los Angeles, Califórnia. Os confrontos ocorreram após operações do ICE terem varrido a cidade no fim de semana

Foto de Jim Vondruska/Getty Images

Protestos em Los Angeles

De acordo com o major-general Scott Sherman, as tropas estão autorizadas a deter pessoas que representem uma ameaça ao pessoal ou à propriedade federal, mas somente até que a polícia possa prendê-las.

“Gostaria de enfatizar que os soldados não participarão de atividades policiais. Em vez disso, eles se concentrarão em proteger os agentes federais responsáveis ​​pela aplicação da lei”, disse Sherman. A informação é do canal de televisão WFXR Fox.

A chegada dos fuzileiros em Los Angeles acontece um dia após o 9º Tribunal de Apelações dos EUA bloquear, temporariamente, a ordem de um juiz federal que havia orientado o presidente Donald Trump a devolver o controle das tropas da Guarda Nacional para a Califórnia.

Leia também

Reação da Califórnia

A decisão do presidente republicano provocou reação imediata de autoridades estaduais e abriu um novo capítulo na já tensa relação entre o governo federal e o estado da Califórnia, governado por democratas. O governador e o procurador-geral do estado contestam a legalidade da intervenção e acusam a presidência de abuso de poder e uso político das forças armadas.

Nessa segunda-feira (9/6), a crise institucional ganhou contornos jurídicos. O procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, entrou com uma ação na Justiça contestando a legalidade do envio da Guarda Nacional por ordem direta do presidente, sem a anuência do governo estadual.

A base legal invocada por Trump — a seção 12406 do Título 10 do Código dos EUA — permite a federalização da Guarda em situações extremas, como rebeliões ou ataques à ordem constitucional.

Para o estado da Califórnia, essas condições não estavam presentes. “Não há invasão. Não há rebelião. O que há é um presidente tentando fabricar o caos”, afirmou Bonta em nota oficial.

O governador, Gavin Newsom chegou a afirmar: “Não tínhamos [nos protestos] problema algum até Trump se envolver. Revoguem a ordem. Devolvam o controle à Califórnia”.

“Ótimo trabalho da Guarda Nacional em Los Angeles após dois dias de violência, confrontos e distúrbios. Temos um governador (Newsom) e uma prefeita (Bass) incompetentes, que, como sempre (basta ver como lidaram com os incêndios e agora com o desastre da licença muito lenta). A licença federal está concluída, foram incapazes de lidar com a tarefa”, escreveu Trump nas redes sociais em resposta.

À imprensa, a prefeita democrata de Los Angeles, Karen Bass, afirmou que não consegue entender o que os fuzileiros navais enviados por Trump farão na cidade.

Sair da versão mobile