Reunidos no Canadá, os líderes do G7 – as principais economias do mundo – emitiram uma declaração conjunta sobre a escalada recente de violência entre Irã e Israel. Divulgado na noite dessa segunda-feira (16/5) – madrugada desta terça-feira (17/6), no horário de Brasília -, o texto pede a redução da tensão entre os países, mas reitera o “direito de Israel de se defender” e rotula o Irã como “a principal fonte de instabilidade e terror regionais”.
“Afirmamos que Israel tem o direito de se defender”, afirma o documento. “Deixamos claro em todos os momentos que o Irã nunca poderá ter uma arma nuclear.”
O que está acontecendo?
- Na última quinta-feira (12/6), as Forças de Defesa de Israel dispararam uma “ofensiva preventiva” contra o programa nuclear do Irã.
- O governo israelense já vinha, antes do ataque, subindo o tom contra contra o regime do aiatolá Ali Khamenei, com ameaças ao programa nuclear.
- Nos últimos anos, o avanço nuclear do Irã incomodou a comunidade internacional. Israel, que é uma potência nuclear, via o avanço como uma ameaça.
- Embora ambos os países sejam rivais históricos, o ataque levou ao aumento da instabilidade no Oriente Médio.
Leia a nota na íntegra:
“Nós, líderes do G7, reiteramos nosso compromisso com a paz e a estabilidade no Oriente Médio. Nesse contexto, afirmamos que Israel tem o direito de se defender. Reiteramos nosso apoio à segurança de Israel. Também afirmamos a importância da proteção de civis.
O Irã é a principal fonte de instabilidade e terror na região. Temos sido consistentemente claros ao afirmar que o Irã jamais poderá ter uma arma nuclear.
Instamos que a resolução da crise iraniana leve a uma redução mais ampla das hostilidades no Oriente Médio, incluindo um cessar-fogo em Gaza.
Permaneceremos vigilantes quanto às implicações para os mercados internacionais de energia e prontos para coordenar, inclusive com parceiros com ideias semelhantes, a fim de salvaguardar a estabilidade do mercado”.
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Segundo a imprensa norte-americana, a declaração foi assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que deixou a reunião da cúpula antes do previsto. Ele afirmou, através da rede social Truth Social, que não deixou a reunião no Canadá para trabalhar em um cessar-fogo entre Israel e o Irã, o que havia sido anteriormente divulgado pelo presidente francês Emmanuel Macron.
Também nessa segunda, Trump pediu que a população de Teerã, capital do Irã, evacue e a cidade imediatamente, em meio à escalada de tensão entre Israel e Irã.
Os países membros do G7 – Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e EUA – iniciaram nessa segunda a reunião do grupo, que acontece, dessa vez no Canadá. O encontro também tem a participação da União Europeia e durará até esta terça-feira (17/6).