O mercado de trabalho está em um momento de transição. A Geração Z, que já representa uma parcela significativa da força de trabalho, não busca apenas empregos — busca experiências que façam sentido. Propósito, personalização e pertencimento não são mais “diferenciais”, mas requisitos básicos para engajar essa geração.
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Empresas que insistem em modelos tradicionais, com estruturas rígidas e processos engessados, estão perdendo talentos para organizações que entendem a importância de criar ambientes dinâmicos, colaborativos e alinhados aos valores desses jovens.
Esse movimento tem muito em comum com as transformações que o marketing viveu nos últimos anos. Assim como consumidores rejeitam marcas que não dialogam com os respectivos valores, profissionais da Geração Z não se identificam com empresas que não refletem suas expectativas e visão de mundo.
Construir uma marca empregadora forte nunca foi tão essencial e, assim como no branding, isso exige mais do que slogans bem-intencionados.
Essa geração não quer apenas executar tarefas; quer entender o impacto do trabalho. No estágio da agência onde atuo, por exemplo, percebemos que o engajamento surge quando os jovens enxergam como as contribuições fazem a diferença.
Em vez de focar apenas na capacitação técnica, adotamos metodologias que incentivam a autonomia e a criatividade, colocando os estagiários diante de desafios reais e multidisciplinares.
Essa abordagem não apenas prepara melhor os profissionais para o mercado, mas também fortalece a percepção da empresa como um espaço de crescimento e inovação.
A personalização também é um ponto central. No marketing, campanhas genéricas são ignoradas. No ambiente de trabalho, o mesmo ocorre: esses profissionais esperam que as individualidades sejam reconhecidas.
No nosso caso, isso significa permitir que cada estagiário explore diferentes áreas e contribua com habilidades únicas. Em vez de seguir um roteiro fixo, eles têm a liberdade de propor soluções, experimentar novas abordagens e, quando necessário, errar.
O futuro do trabalho já começou, e as empresas que não se adaptarem perderão não só talentos, mas também relevância. Construir um ambiente de trabalho alinhado às expectativas da Geração Z não é apenas uma necessidade operacional — é uma questão de posicionamento de marca.
Afinal, empresas que falham em conectar-se genuinamente com os colaboradores terão dificuldade em conectar-se com os clientes.
A pergunta que fica é: sua empresa está preparada para essa mudança?