Gigante Leo está lançando o livro A Arte de Ser Diferente. Destaque na Bienal do Livro Rio 2025, a obra infantil tem o propósito de abordar temas essenciais como inclusão e respeito, além de combater o capacitismo e o machismo desde a infância.
Em entrevista ao Metrópoles, o ator e humorista foi questionado sobre os limites do humor quando relacionado com temas sensíveis como os que são citados no livro. O assunto está em alta desde que o comediante Leo Lins foi condenado a 8 anos de prisão por fazer piadas consideradas preconceituosas.
“A partir do momento que a arte usa uma forma agressiva e ácida para reforçar escravidões comportamentais antigas da sociedade, da Idade da pedra, para mim, a arte perde a sua função. A arte feita para propagar discurso de ódio e de humilhação deixa de ser arte e vira crime”, afirmou Leo.
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Leo também falou sobre o potencial transformador da literatura e da arte:
“A arte pode ser utilizada como uma ferramenta de afronto, de causar espanto e escândalo, mas apenas quando você usa isso para transformar a realidade de pessoas que há décadas são invisíveis, discriminadas e deixadas de lado na sociedade. Quando a arte é usada para dar visibilidade a essas pessoas, ela está cumprindo o real papel de evoluir e transformar a sociedade para melhor.”
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Gigante Leo
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Ele é ator, humorista e agora escritor
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Gigante Leo é o autor do livro infantil A Arte de Ser Diferente
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Gigante Leo
Alkaparra/ Divulgação
Novo livro do Gigante Leo
O humorista e agora escritor estará na Bienal do Livro Rio 2025 para divulgar o novo livro A Arte de Ser Diferente.
Na história, o rei “NapoLeão” organiza as Olimpíadas de Arte, mas exclui competidores que considera “diferentes”. É quando personagens como Le Cão (com nanismo), Da Pink (cadeirante) e Larissa (neurodivergente) decidem desafiar as regras injustas do monarca e provar que talento e valor não têm padrão.
Gigante Leo citou que o grande desafio foi entregar uma experiência clara e lúdica para o público infantil. “Quando falamos desses assuntos de forma militante, às vezes a mensagem não toca as pessoas. Então precisamos simplificar para que todos possam entender e até se divertir”, explicou .
A grande inspiração para o livro foi a filha Luísa, primeira leitora da obra. “Ela foi meu principal termômetro. A primeira vez que leu o livro foi o momento mais feliz da minha vida. Ela lia com entusiasmo e dava muitas risadas”, recordou.
O humorista, inclusive, é ambicioso com o novo livro. “É um projeto que usa a arte para falar de temas essenciais como inclusão e respeito. Queremos que essa história chegue nas escolas e se torne uma ferramenta poderosa para mostrar para as crianças que a diferença é uma riqueza.”