O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez um apelo, nesta quarta-feira (18/6), para que nenhum país do mundo se envolva no conflito entre Israel e Irã. A fala de Guterres foi feita em um comunicado pedindo pelo cessar-fogo entre Israel e Irã.
“Apelo veementemente a todos para que evitem qualquer internacionalização adicional do conflito. Quaisquer intervenções militares adicionais podem ter consequências enormes, não apenas para os envolvidos, mas para toda a região e para a paz e a segurança internacionais em geral”, disse Guterres.
A declaração do secretário-geral da ONU ocorre no momento em que o mundo todo espera, com temor, a decisão final do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a entrada dos EUA no conflito, auxiliando Israel em suas tentativas de desmantelar o programa nuclear iraniano.
6 imagens
Fechar modal.
1 de 6
Mísses disparados por Irã iluminam céu de Hebron
Wisam Hashlamoun/Anadolu via Getty Images2 de 6
Israel utiliza Domo de Ferro para tentar anular sequência de mísseis disparados pelo Irã
Wisam Hashlamoun/Anadolu via Getty Images3 de 6
Tel Aviv, em Israel, é atacada pelo Irã
Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images4 de 6
Reprodução5 de 6
Tendas improvisadas são erguidas após ataques israelenses
Ahmed Jihad Ibrahim Al-arini/Anadolu via Getty Images6 de 6
TEERÃ, IRÃ – 13 DE JUNHO: Um escavador remove os escombros de um prédio residencial que foi destruído no ataque realizado por Israel, em Teerã, no dia 13 de junho de 2025.
Majid Saeedi/Getty Images
Ofensiva israelense
- Depois de diversas ameaças, Israel lançou o que chamou de “ataque preventivo” contra o Irã. O foco da operação foi o programa nuclear iraniano.
- O principal objetivo da ação, segundo o governo israelense, é impedir que o Irã consiga construir uma arma nuclear.
- Como resposta à operação israelense Leão Ascendente, o Irã lançou um exército de drones e mísseis contra o território de Israel.
- Em um pronunciamento no sábado (14/6), o premiê Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva deve continuar.
Nesta quarta, Trump deu declarações dúbias e deixou a incerteza no ar, ao afirmar que “há uma grande diferença entre agora e uma semana atrás […] Ninguém sabe o que vou fazer. Pode ser que sim, pode ser que não.”
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, havia retrucado uma postagem de Trump pedindo pela “rendição incondicional” do país persa e afirmou que “a nação iraniana não se renderá”.
Ao ser questionado por jornalistas na Casa Branca nesta quarta sobre o que achou da resposta de Khamenei, Trump ironizou e disparou: “Boa sorte’”.
Leia também
-
“Pode ser que sim, pode ser que não”, diz Trump sobre atacar o Irã
-
Israel x Irã: guerra escala, e Trump move exércitos após fazer ameaças
-
Trump exige rendição do Irã e diz que “por enquanto” não matará líder
-
Trump afirma que Irã deve “desistir completamente” de armas nucleares
Segundo Khamenei, “os americanos devem saber que qualquer intervenção militar dos EUA será, sem dúvida, acompanhada de consequências irreparáveis”.
Nessa terça-feira (17/6), Trump afirmou que os EUA sabem exatamente onde está o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, mas que ainda não o matarão, pois ele não quer mais danos aos civis. A fala do presidente norte-americano ocorre em meio à escalada na guerra entre Israel e Irã.
“Sabemos exatamente onde o chamado ‘líder supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá. Não vamos matá-lo, pelo menos não, por enquanto. Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando”, escreveu Trump.