O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou à coluna nesta quarta-feira (25/6) que nenhum novo gasto deveria ser contratado no momento em que a taxa básica de juros (Selic) está a 15% ao ano.
A declaração foi dada por Haddad ao explicar trecho de uma entrevista concedida por ele à TV Record na terça-feira (24/6), na qual o ministro criticou indiretamente o aumento do número de deputados.
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De acordo com projeto aprovado pela Câmara e que irá à votação no Senado nesta quarta, o número de integrantes da Casa passará dos atuais 513 para 531. A mudança deve custar R$ 150 milhões por ano.
“Não devíamos contratar novos gastos com a Selic a 15% (ao ano)”, disse Haddad à coluna.
Na véspera, o ministro da Fazenda tinha afirmado à TV Record, ao comentar o projeto que aumenta o número de deputados, que apenas novos gastos imprescindíveis deveriam ser autorizados.
“Neste momento, eu penso assim: nenhum aumento de gasto é bem-vindo, a não ser os imprescindíveis”, disse Haddad.
A entrevista do ministro aliada a supostas críticas feitas por ele a Hugo Motta (Republicanos-PB) em um jantar em São Paulo no dia 13 de junho irritaram o atual presidente da Câmara dos Deputados.
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Segundo interlocutores de Motta, a postura de Haddad teria influenciado na decisão do deputado de pautar para esta quarta-feira a votação do projeto que derruba o decreto do IOF.