A Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT) prendeu um funcionário de um frigorífico que furtou pedras de vesícula de bois em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá (MT).
O homem e o receptador dos produtos foram detidos nessa quinta-feira (19/6).
Imagens:
2 imagens
Fechar modal.
1 de 2
Apreensões
Reprodução / PMMT2 de 2
Funcionário, de um frigorífico, que furtou pedras de fel bovino
Reprodução / PMMT
Entenda o caso
- De acordo com a PMMT, o gerente do estabelecimento comercial informou que o funcionário teria tirado as pedras da vesícula biliar de um animal abatido.
- Ao ser surpreendido, ele tentou disfarçar e colocou o material de volta dentro do animal.
- Ao ser abordado, ele confessou o furto e revelou que vendia as pedras de forma clandestina a um colega.
- Na casa do funcionário do frigorífico, os agentes localizaram mais duas pedras de vesícula, um revólver e cinco munições.
- Com a localização da residência do receptador, os policiais militares encontraram duas pedras intactas, além de porções fragmentadas do material.
- Também foram apreendidos outro revólver, 19 munições intactas e duas balanças de precisão.
Leia também
-
“Ouro bovino”: por que pedras da vesícula do boi valem tanto?
-
GO: pedras de vesículas de boi avaliadas em R$ 1 mi são apreendidas
-
Pedras de vesícula de boi valem mais que ouro; entenda
Os dois foram levados à Central de Flagrantes de Mato Grosso. A Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso (PJCMT) vai investigar o caso.
“Ouro bovino”
O interesse crescente por esses cálculos biliares, apelidados de “ouro bovino”, movimenta um mercado milionário e desperta a atenção de contrabandistas.
O Metrópoles apurou que uma pedra pode valer entre US$ 1,7 mil e US$ 4 mil (de R$ 9,5 mil a R$ 22,2 mil), dependendo do tamanho e da pureza. Em muitos casos, esses valores superam o preço total da carne de um boi.
Mas essas pedras são raras e aparecem em menos de 1% dos animais abatidos. No Brasil, país com o maior rebanho bovino do mundo, a demanda internacional fez surgir um comércio paralelo, muitas vezes ilegal.