Um homem, de 57 anos, morreu após passar mal dentro de uma casa de prostituição em Santa Cruz do Sul (RS), na tarde desta quarta-feira (25/6). Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS), uma cartela com sete comprimidos de tadalafila foi encontrada ao lado do corpo da vítima.
Ainda conforme a corporação, o indivíduo, que não teve a identidade divulgada, estava acompanhado de uma mulher de 38 anos com quem teria tido relação sexual.
“[A mulher] Informou que, após a finalização do ato sexual, dirigiu-se ao banheiro e, ao retornar ao quarto, encontrou o referido homem paralisado e sem responder a estímulos”, diz um trecho do registro da ocorrência.
A suspeita que a vítima tenha tido um mal súbito. Com o homem, foi encontrada uma cartela com sete comprimidos de tadalafila, um remédio usado para tratar disfunção erétil. Os exames de necropsia vão ajudar a determinar a causa da morte.
A acompanhante chamou a proprietária do estabelecimento, que pediu o atendimento do Serviço de Atendimento Móvel Urgência (Samu). A equipe médica tentou reanimar o homem, mas não conseguiu. Ele faleceu no local.
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) recolheu alguns vestígios que serão analisados. O delegado Róbinson Palominio está cuidando das investigações do caso.
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Saiba riscos do medicamento
Em janeiro de 2024, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) alertou quanto aos riscos do uso indiscriminado da substância sem prescrição médica.
“O uso indiscriminado da tadalafila pode causar reações adversas e perigosas interações com outros medicamentos. Alguns dos efeitos colaterais mais comuns incluem dor de cabeça, indigestão, dor nas costas, rubor facial, congestão nasal e dores musculares. Em casos raros, pode causar alterações na visão, na audição ou nos batimentos cardíacos”, explicou a instituição.
O remédio age como um vasodilatador. Ele foi desenvolvido para o tratamento de condições como a disfunção sexual, hipertensão arterial pulmonar e também do crescimento benigno da próstata.
A utilização contínua do remédio pode até mesmo dificultar que o corpo produza ereções naturais nos meses seguintes à interrupção do uso. Isso ocorre em muitos usuários por dependência psicológica aos mecanismos facilitiados de ereção que são dados pelo remédio.