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Homem pega mais de 3 anos de prisão por injúria racial contra porteiro

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Homem pega mais de 3 anos de prisão por injúria racial contra porteiro

A Justiça de São Paulo condenou um homem a três anos e seis meses de prisão em regime fechado por injúria racial contra o porteiro do seu prédio, localizado em Santo André, no ABC Paulista. Em março deste ano, o funcionário interveio em uma discussão do homem com a síndica do condomínio e foi chamado de “macaco”, “preto”, “orangotango”, “macaco chita”, “filho de macaco” e “favelado”.

O que aconteceu

Na decisão, o juiz Jarbas Luiz dos Santos, da 3ª Vara Criminal de Santo André,  destacou que é de conhecimento público que determinadas expressões são utilizadas para prática de atos de discriminação racial.

“Inicialmente, bastante inadequada sua autodeclaração de ‘não racista’ feita pelo acusado. Não bastasse tratar-se de alegação típica de quem é racista, forçoso esclarecer que, para fins de incriminação à luz do Direito Penal, não é a pessoa que é julgada pelo que ela é, mas, antes, é sua conduta”, escreveu. “Assim, pouco importa ser ou não o réu racista, mas, antes, se ele praticou ou não
ato discriminatório contra a vítima.”

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O magistrado também afetou a tese defensiva que alegava problema com álcool e drogas ilícitas, ressaltando “a irresponsabilidade
decorrente de, tantas vezes, acolher-se tal tese para fins de isenção de responsabilidade criminal, sobretudo porque as alegações de embriaguez e/ou patologia psicológica e/ou psiquiátrica costumam ser feitas justamente quando da prática dos denominados ‘crimes de ódio’”.

O homem foi condenado a três anos e seis meses de reclusão em regime fechado e ao pagamento de 17 dias-multa. Cabe recurso da decisão.

A reportagem procurou a defesa do condenado e aguarda retorno.

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