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    Irã lança mísseis contra Israel. Explosões são ouvidas em Tel Aviv

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    O Irã voltou a lançar mísseis contra o território israelense neste domingo (15/6). Os novos ataques foram confirmados pelas Forças de Defesa de Israel. Sirenes de alerta e explosões são ouvidas perto da capital Tel Aviv e de Jerusalém.

    “Há pouco tempo, as IDF identificaram mísseis lançados do Irã em direção ao território do Estado de Israel”, diz comunicado. “Sistemas defensivos estão operando para interceptar a ameaça”, informaram as forças armadas israelenses.

    Israel informou que a maioria dos mísseis foi interceptada pelos sistemas de defesa aéreo: “Não recebemos relatos de projéteis caídos”. O IDF recomendou que, ao receber o alerta, a população procure um abrigo e permaneça no local até novo aviso.

    O Magen David Adom (MDA), serviço de emergência médica israelense, informou que, até o momento, não recebeu nenhuma ligação referente a mortes ou ferimentos. Segundo o MDA, atualizações serão fornecidas, se necessário.

    A Mehr, agência de notícias semioficial do Irã, relatou que pelo menos 50 mísseis foram lançados. Conforme a Agência de Notícias da República Islâmica (IRNA), os ataques foram contra Tel Aviv, Haifa e Ashkelon.

    12 imagensFrame de vídeo que mostra refinaria de Israel em Haifa, alvo de ataque do Irã.Bat Yam, Tel AvivAtaque israelense contra Tabriz, no noroeste do IrãPrédios são destruídos após ataques do Irã contra IsraelFechar modal.1 de 12

    Luzes dos mísseis no céu de Israel

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    Frame de vídeo que mostra refinaria de Israel em Haifa, alvo de ataque do Irã.

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    Bat Yam, Tel Aviv

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    Ataque israelense contra Tabriz, no noroeste do Irã

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    Prédios são destruídos após ataques do Irã contra Israel

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    14 June 2025, Israel, Tel Aviv: Israeli firefighters inspect the aftermath of a missile strike in Ramat Gan, near Tel Aviv, where several cars were destroyed. The strike was part of a large-scale Iranian missile barrage on June 13, launched in response to Israeli strikes on senior military figures and strategic sites in Iran. Photo: Ilia Yefimovich/dpa (Photo by Ilia Yefimovich/picture alliance via Getty Images)

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    Soldado com carro destruído em ataque ao fundo

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    Área destruída em Tel Aviv

    Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images10 de 12

    Buscas em área destruída

    Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images11 de 12

    Ataque do Irã a Israel, nesta sexta-feira (13/6)

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    Mísseis cruzam céu de Israel

    Reprodução/X

    Mortes no conflito

    Entre a noite desse sábado (14/6) e madrugada deste domingo, as forças armadas do Irã voltaram a disparar mísseis contra Israel. A nova ofensiva deixou 10 mortos e cerca de 250 feridos. Até o momento, há 13 vítimas e mais de 380 feridos do lado israelense.

    Por outro lado, o governo do Irã decidiu interromper a atualização de mortos e feridos no conflito. As informações mais recentes contabilizam pelo menos 78 óbitos, além de 320 pessoas feridas no território iraniano.

    Em resposta aos novos bombardeios, as Forças de Defesa de Israel lançaram uma série de mísseis na capital Teerã neste domingo. Os ataques miraram instalações de produção de armas nucleares e navios-tanque de combustível, conforme autoridades.

    Israel promete retaliação

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irã pagará “um preço muito alto” pela morte de inocentes.

    “O Irã pagará um preço muito alto pelo assassinato de mulheres, crianças e civis inocentes – e isso acontecerá em breve”, ameaçou Netanyahu ao visitar o local dos ataques desta madrugada.

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    As Forças de Defesa de Israel pediram a evacuação de iranianos que vivem dentro ou próximo das instalações de produção e armazenamento de armas do Irã. O aviso foi divulgado em persa para a população.

    “Para sua segurança, exigimos que evacuem imediatamente essas instalações e não retornem até novo aviso”, comunicou o porta-voz das forças armadas israelenses. “A presença perto desses locais coloca suas vidas em risco”, completou

    O ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que os militares “atacarão os locais e continuarão a arrancar a pele da cobra iraniana em Teerã e em todos os lugares, despojando-a de suas capacidades nucleares e sistemas de armas”.

    Irã não quer regionalizar conflito

    Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, anunciou que o Irã não tem interesse em expandir o conflito a países vizinhos. Segundo ele, o país cessaria as ofensivas se Israel também parasse de atacar os iranianos.

    Araqchi acusou Israel de querer “arrastar a guerra para além do território iraniano”, e considerou como “um erro estratégico” a movimentação israelense para trazer a guerra até a região do Golfo Pérsico.

    Imagem colorida do ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, durante reunião do Conselho de Segurança da ONU em setembro de 2024 - MetrópolesO ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi

    O ministro também acusou o governo de Donald Trump de apoiar as ofensivas de Israel. “É necessário que o governo dos EUA condene o ataque às instalações nucleares e se retire explicitamente deste conflito para provar suas próprias boas intenções”, disse.

    Na reunião emergencial do Conselho da ONU, Araqchi indicou que tem “evidências sólidas” de que as forças armadas norte-americanas apoiaram os ataques do “regime sionista” contra o Irã.

    Trump negou qualquer ligação com o ataque feito contra o Irã na noite desse sábado. Ele afirmou que, se os iranianos atacarem os norte-americanos, o exército dos EUA responderá “em níveis nunca antes vistos”.

    Trump diz que Irã e Israel devem fechar acordo

    Em publicação na rede Truth Social, o republicano afirmou que “Irã e Israel deveriam chegar a um acordo, e chegarão a um acordo”. O chefe da Casa Branca indicou que deve interferir nas negociações entre os países.

    Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

    “Teremos paz, em breve, entre Israel e Irã! Muitas ligações e reuniões estão acontecendo agora. Eu faço muita coisa e nunca recebo crédito por nada, mas tudo bem, o povo entende”, declarou o presidente dos EUA.

    Ele finalizou a declaração com a seguinte frase “façam o Oriente Médio grande novamente”, em alusão ao próprio slogan político “Make America Great Again” ou em tradução livre: “Faça a América Grande Novamente”.