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Irã reage ao G7 e alega que se defende da “agressão cruel” de Israel

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Irã reage ao G7 e alega que se defende da “agressão cruel” de Israel

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, criticou a declaração conjunta emitida pelo G7 – grupo das principais economias do mundo – ainda durante a madrugada desta terça-feira (17/6).

Baghaei descreveu o documento, que coloca os iranianos como uma “fonte de instabilidade e terror“, como uma falha ao não abordar a “agressão ilegal e flagrante de Israel contra o Irã.”

“A declaração dos líderes do G7 desconsiderou de forma reveladora a agressão flagrante de Israel contra o Irã e os ataques ilegais à nossa infraestrutura nuclear pacífica, bem como os ataques indiscriminados a áreas residenciais e o assassinato de nossos cidadãos”, escreveu o porta-voz na rede social X.

“O G7 deve abandonar sua retórica unilateral e abordar a verdadeira fonte da escalada: a agressão de Israel”, reiterou. “Centenas de inocentes foram mortos, nossas instalações públicas e estatais e casas foram brutalmente demolidas, e hospitais e centros de saúde foram atacados. O Irã está se defendendo de uma agressão cruel. Será que o Irã realmente tem outra escolha?”.

O que está acontecendo?

Ainda no texto, Baghaei se dirigiu diretamente aos três membros do G7 que também são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU: Estados Unidos, Reino Unido e França. De acordo com ele, esses países devem assumir sua responsabilidade legal e moral por um ato flagrante de agressão contra um membro das Nações Unidas.

“Eles precisam dar nome aos bois. A guerra de agressão de Israel contra o Irã é um golpe prejudicial à Carta da ONU e ao direito internacional baseado nela. É também um ataque sem precedentes aos princípios do regime de não proliferação e à proteção legal que ele supostamente concede aos Estados não nucleares contra tais ataques”, argumentou.

O iraniano ainda acrescentou que Israel lançou uma guerra de agressão não provocada contra o Irã e atacou as instalações nucleares do país, “violando o Artigo 2 (4) da Carta da ONU e desafiando a proibição do uso/ameaça de força contra instalações nucleares pacíficas.”

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Declaração conjunta do G7

Reunidos no Canadá, os líderes do G7 emitiram uma declaração conjunta sobre a escalada recente de violência entre Irã e Israel. Divulgado na noite dessa segunda-feira (16/5) – madrugada desta terça, no horário de Brasília -, o texto pede a redução da tensão entre os países, mas reitera o “direito de Israel de se defender” e rotula o Irã como “a principal fonte de instabilidade e terror regionais”.

“Afirmamos que Israel tem o direito de se defender”, afirma o documento. “Deixamos claro em todos os momentos que o Irã nunca poderá ter uma arma nuclear.”

Leia a nota na íntegra:

“Nós, líderes do G7, reiteramos nosso compromisso com a paz e a estabilidade no Oriente Médio. Nesse contexto, afirmamos que Israel tem o direito de se defender. Reiteramos nosso apoio à segurança de Israel. Também afirmamos a importância da proteção de civis.

O Irã é a principal fonte de instabilidade e terror na região. Temos sido consistentemente claros ao afirmar que o Irã jamais poderá ter uma arma nuclear.

Instamos que a resolução da crise iraniana leve a uma redução mais ampla das hostilidades no Oriente Médio, incluindo um cessar-fogo em Gaza.

Permaneceremos vigilantes quanto às implicações para os mercados internacionais de energia e prontos para coordenar, inclusive com parceiros com ideias semelhantes, a fim de salvaguardar a estabilidade do mercado”.

Segundo a imprensa norte-americana, a declaração foi assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que deixou a reunião da cúpula antes do previsto.

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